Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas

Sindicato encaminha o dissídio na campanha salarial de rádio e TV

Sindicato encaminha o dissídio na campanha salarial de rádio e TV


 

paulo

Empresas têm até sexta (15) para apresentar contraproposta em torno da reposição da  inflação

A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) realizou na terça-feira (11/4), a 14ª rodada da campanha salarial de rádio e TV. A comissão de negociação apresentou o resultado do segundo plebiscito, em que a categoria autoriza a entidade a entrar com dissídio coletivo para renovar a Convenção Coletiva que reajusta os salários da categoria. Após a reunião, o  departamento Jurídico do SJSP iniciou o trâmite do dissídio, enviando pedido de mediação ao Ministério Público do Trabalho, e, ao mesmo tempo, deu um prazo de até sexta-feira (15) para que empresas apresentem uma contraproposta para categoria de reposição salarial tendo a inflação (10,97%) como referência.

A participação dos jornalistas no plebiscito foi notável: 1.203 jornalistas compareceram às urnas e expressaram claramente sua vontade – 91,1% autorizaram o Sindicato a entrar com o dissídio judicial.

A decisão da categoria não surpreendeu, porque resulta da intransigência que marcou a postura patronal neta campanha. Passados quatro meses da data-base, os dados econômicos que vão sendo divulgados confirmam a abordagem dos jornalistas na mesa de negociação: há uma crise econômica no país, mas o segmento das empresas de rádio e TV mantêm um bom desempenho, mesmo se houve redução de faturamento. Segundo dados do Ibope, o mercado publicitário em 2015 cresceu 9%. A projeção para 2016 é de crescimento real de 7%, principalmente por causa das Olimpíadas. A TV Globo, cujos dados são públicos, aumentou em 30% seus lucros, que ultrapassaram 3 bilhões de reais no ano.

Enquanto as empresas se mantêm lucrativas, os jornalistas estão com os salários corroídos por uma inflação que, pelos números oficiais, chegou a 10,97% no final de novembro passado. “As empresas desrespeitam os jornalistas, pois ampliam a carga de trabalho e querem reduzir nossos salários reais. Não vamos aceitar”, afirma Paulo Zocchi, presidente do SJSP. Diante disso, o Sindicato deixou claro que o mínimo com o que se pode concordar é com a reposição da inflação. A proposta feita até o momento de 6% de correção salarial não deixa alternativa para categoria além do caminho judicial.

Naturalmente, o Sindicato continua sempre aberto a fechar um acordo diretamente com as empresas. Caso ofereçam a reposição inflacionária dos salários, poderíamos discutir a proposta. Por isso, é importante que todos permaneçam alertas, juntos com o Sindicato, acompanhando no site da entidade e nas redes sociais a evolução do dissídio, e também manifestando o descontentamento diretamente às empresas. A qualquer momento, podemos nos mobilizar e debater novas propostas.

 

 

Clique aqui para assistir o informe da 14ª rodada de negociação da campanha salarial.

veja também

relacionadas

mais lidas

Pular para o conteúdo