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Sindicato e Fenaj repudiam abordagem da PM ao repórter fotográfico Daniel Arroyo

Sindicato e Fenaj repudiam abordagem da PM ao repórter fotográfico Daniel Arroyo

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam a abordagem da Polícia Militar do Estado de São Paulo ao repórter fotográfico Daniel Arroyo, da Ponte Jornalismo, durante a cobertura da manifestação que aconteceu no bairro de Paraisópolis, no domingo (2/12). O ato foi realizado em virtude da ação criminosa da polícia do último sábado (01/12), que causou a morte de 9 jovens em uma festa na zona sul da capital paulista.

O Sindicato entrou em contato com o profissional manifestando seu apoio a ele e se colocando à disposição para qualquer demanda que o jornalista possa ter em virtude da abordagem realizada pelos agentes do Estado.

Desde já expressamos nossa indignação com os fatos ocorridos no último final de semana. Daniel estava trabalhando na cobertura da manifestação quando registrou a abordagem dos policiais do 16º Batalhão da Polícia Militar Metropolitana a um motociclista. Ao perceberem o registro, os policiais presentes, em uma conduta arbitrária, pressionaram o fotógrafo para que entregasse seu material de trabalho e as imagens registradas, em uma tentativa de censura ao trabalho jornalístico. 

Para as entidades fica evidente a conduta ilegal da Polícia Militar nas ações realizadas no bairro de Paraisópolis, e as explicações dadas pelo porta-voz da corporação são inaceitáveis. Não há justificativa plausível ao ataque, com o uso de bombas e com agressões brutais contra os frequentadores da festa. Tudo indica uma ação deliberada e sem base legal contra o pancadão, opção de lazer da juventude local, marcadamente pobre e negra.

A Policia Militar do Estado de São Paul e o Governador João Dória são os responsáveis diretos pela morte dos 9 jovens, pois a ação é o reflexo da atual conduta do governador, que implanta uma política de repressão às comunidades pobres e de “carta branca” à violência policial, em vez de promover ações de cultura e educação nos bairros periféricos de São Paulo.

A agressão sofrida pelo repórter fotográfico Daniel Arroyo está inserida nesse contexto, em que o Estado pratica ações criminosas e busca impedir que a imprensa possa reportar esses atos à população. O repórter já havia sido agredido pela Polícia durante uma manifestação em janeiro de 2019, na qual foi atingido por uma bala de borracha que o deixou ferido. Na ocasião, o SJSP prestou solidariedade ao profissional e ofereceu apoio (para ler a nota sobre o episódio, clique aqui).

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