O ano é novo, mas as empresas jornalísticas seguem com suas práticas bem conhecidas para nossa categoria: demitir e precarizar a profissão de maneira cada vez mais intensa.
A Record, que faz parte de um dos maiores conglomerados de comunicação do país, continua a realizar cortes de dezenas de jornalistas, em uma continuidade da destruição de postos de trabalho que marcou o ano de 2023.
No final do ano passado e nos primeiros dias de 2024, a emissora demitiu mais de 15 profissionais da redação do R7, o que representa uma expressiva porcentagem do contingente de jornalistas do site.
Mas os cortes se estenderam para diferentes áreas da emissora: um dos casos mais chocantes é o de Arnaldo Duran, repórter com décadas de experiente e que estava na Record há quase 20 anos. Sua demissão é imoral: apesar de ter uma doença muito grave, diagnosticada em 2015, ele continuou a exercer seu trabalho e contribuir com diferentes programas da emissora, compartilhando inclusive a sua superação pessoal. A “gratidão” da empresa diante de tudo isso foi a sua demissão.
No final de dezembro, a emissora contatou o Sindicato para informar que aconteceriam 22 demissões no mês de janeiro e estavam dispostos a abrir uma negociação. Tal ação é fruto da luta sindical perante a falta de diálogo da emissora: em 2023, diante de uma demissão em massa, a Record sequer se dispôs a realizar uma única reunião com o Sindicato para discutir a questão.
Entretanto, apesar da “negociação” estar aberta, as demissões continuaram a ocorrer, o que provocou grande indignação dos profissionais da empresa. Em assembleia realizada na sexta-feira, 5 de janeiro, as e os jornalistas decidiram aprovar um plano de mobilização contra as demissões, convocando uma nova assembleia geral para a próxima semana.
É muito importante que todas e todos os profissionais da empresa se somem a essa luta contra as demissões, para que a Record respeite seus profissionais e seja um ambiente de trabalho livre de assédio, perseguições e que respeite a dignidade e os direitos de nossa categoria.
SINDICALIZE-SE!
Pela legítima defesa de nossa categoria, pela sustentação do nosso Sindicato, pela luta das e dos jornalistas do estado de São Paulo!