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Sindicato dos Jornalistas protesta contra censura à reportagem da Ponte Jornalismo

Sindicato dos Jornalistas protesta contra censura à reportagem da Ponte Jornalismo

O Sindicato dos Jornalistas de SP (SJSP) protesta contra a censura imposta pela juíza de Direito Jovanessa Ribeiro Silva Azevedo Pinto, que não autorizou a equipe da Ponte Jornalismo a realizar uma entrevista com os irmãos acusados de roubo que seguem presos a partir de um frágil processo de reconhecimento.

O Sindicato contesta a alegação da juíza que, em sua decisão proferida na semana passada, afirma que a entrevista não teria interesse público. Para o SJSP, é fundamental garantir o livre exercício profissional e o caráter público da informação, que deve ser a base do ofício jornalístico, por isso, encaminhará uma nota contra a decisão tomada e em defesa do direito à entrevista.

A Constituição Federal defende o princípio da plena liberdade de informação jornalística que, neste caso, não foi respeitada.

O caso
A Ponte Jornalismo acompanha o caso de prisão e condenação dos irmãos Terdelli desde julho de 2018. Condenados por meio de um frágil processo de reconhecimento, já que nenhuma das vítimas viu os assaltantes que estavam encapuzados e usavam luvas durante a ação e um dos acusados apresentou álibis que comprovam que estava a mais de 80 km do local. Apesar disso, os irmãos seguem presos e a defesa alega que a prisão é arbitrária e sem motivos razoáveis para a prisão cautelar já que possuem moradia fixa. 

Em 8 de maio, o jornalista Fausto Salvatori e a equipe do veículo solicitaram autorização para entrevistar os irmãos para escrever mais uma matéria sobre o caso. No dia seguinte, a juíza Jovanessa Ribeiro Silva Azevedo Pinto autorizou a entrevista. Ao encaminhar o pedido à Secretaria de Administração Penitenciária, o jornalista foi informado, em 30 de maio, de que o poder judiciário não havia autorizado a entrevista. Neste momento, a equipe soube que a juíza havia voltado atrás de sua decisão.

A Ponte Jornalismo vai recorrer da decisão da juíza e alega que a decisão cerceia a liberdade de expressão. “O interesse público de uma matéria não pode ser definido por uma juíza e sim pelos próprios jornalistas e pela sociedade” alegou Fausto Salvadori.

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