Retomada as negociações da campanha salarial na sexta-feira, 18 de setembro, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) recusou a nova proposta apresentada pelas empresas. Os patrões ofereceram repor a inflação,8,76%, acumulada nos doze meses anteriores à data-base da categoria (1º de junho), para os salários até R$ 5.000 mensais; um reajuste de 7% para os rendimentos R$ 5.000 e R$ 10.000; e um reajuste fixo de R$ 700 para quem ganha acima de R$ 10.000. As empresas propuseram ainda que as cláusulas econômicas – auxílio-creche, vale refeição, seguro de vida, multa pela ausência de Programa de Participação nos Lucros e Resultados – tenham reajuste de 8,76%. Por fim, segundo a proposta, as diferenças de salário relativas ao período entre 1º de junho passado e a data de fechamento do acordo seriam pagas até o início de janeiro próximo.
Registrando que houve avanços econômicos na proposta patronal em relação à difícil negociação feita até agora, os dirigentes do Sindicato dos Jornalistas rejeitaram na mesa a proposta e defenderam a reposição integral da inflação nos salários, sobretudo considerando que as empresas de comunicação estão recebendo os benefícios de uma desoneração tributária desde janeiro de 2014. “Os números apresentados não repõem as perdas salariais sofridas pelos jornalistas com a inflação do período”, afirma Paulo Zocchi, presidente do SJSP. As negociações prosseguem. O SJSP vai às redações debater a situação com a categoria, e ampliar a pressão por uma proposta que possa atender aos trabalhadores.
Para relembrar, nossa pauta demanda o reajuste dos salários pela inflação (8,76%) e 3% de aumento real.