Funcionários da Rede TV!, inclusive jornalistas, cruzaram os braços na manhã desta quarta-feira (dia 11), na sede da emissora, em Osasco. O motivo é atraso nos salários de junho. Nenhuma equipe do canal saiu para realizar gravações externas. A paralisação envolve outros núcleos como a Produção da Hebe e TV Fama. Também atingiu outras praças como Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Dirigentes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo estiveram na emissora para ouvir os funcionários. Também organizaram assembleia conjunta na porta da empresa, com a participação do Sindicato dos Radialistas, onde ficou decretado o estado de greve. Estiveram presentes os dirigentes André Freire, José Eduardo Souza e Vladimir Miranda, além do advogado Vagner Patini.
O superintendente de operações da Rede TV!, Khaled Adib, garantiu que os salários de até R$ 2 mil seriam pagos ainda hoje e que o restante dos profissionais receberia 20% dos seus rendimentos líquidos também nesta quarta. A expectativa é que até o fim da semana os salários estejam em dia. O Sindicato ficará atento e acompanhará de perto a questão do pagamento.
Muitos dos empregados demitidos em março deste ano, sobretudo radialistas, ainda não receberam os direitos trabalhistas. Estes problemas não atingiram os jornalistas.
Problemas desde 2011
No início deste ano, o Sindicato recorreu ao Ministério Público do Trabalho para forçar a empresa a efetuar o pagamento dos salários que estavam atrasados. Diante disso, a Rede TV pagou os salários do Departamento de Jornalismo e interrompeu as demissões.
Os poucos jornalistas registrados e demitidos no começo do ano fizeram homologação. O caso mais famoso de jornalista demitida no início do ano foi a de Rita Lasaukas, que havia reclamado no seu facebook pessoal contra os atrasos nos salários que ocorreram no final do ano passado. A apresentadora do RedeTV News já foi contratada recentemente pela TV Bandeirantes.
O Sindicato acionou o Ministério Público do Trabalho com vistas a combater a pejotização (contratações por meio de notas fiscais, os chamados PJs) que existe na Rede TV e também em outras emissoras.
