Nesta quarta-feira (05), aconteceu no auditório Vladimir Herzog, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), a reunião dos jornalistas e gráficos do Diário do Comércio, órgão da Associação Comercial de São Paulo, que debateu a grave crise do jornal, que na última sexta-feira (31), anunciou o fim da publicação impressa. Mais de 30 jornalistas estiveram presentes, praticamente toda a redação do Diário do Comércio.
Na reunião, a diretoria do SJSP insistiu na defesa da manutenção dos empregos, pauta que será levada para a nova reunião que acontece com representantes da entidade nesta quinta-feira (6). Na sexta-feira passada, o jornal anunciou de surpresa o fim da circulação em formato impresso.
O mote das negociações poderá ser a manutenção dos empregos, agora numa redação que produza um site do Jornal do Comércio, já em implantação. Também se discutiu a hipótese da implantação de Programa de Demissão Voluntária (PDV), para atender aos profissionais que desejarem sair.
Os dirigentes do SJSP ressaltaram que, após diversas ações sindicais nos últimos anos, enfrentando o fechamento do Jornal da Tarde (JT) e anúncios de demissões no Estado de S. Paulo e na editora Abril, a Associação Comercial decidiu não realizar demissão em massa até o momento: colocou o grosso dos jornalistas em licença remunerada e abriu uma negociação com o Sindicato. Os dirigentes relataram como foram essas negociações. No JT, por exemplo, houve uma redução significativa no número de demissões, pois, mesmo com o jornal sendo fechado, mais da metade da redação foi absorvida pela empresa. Os que saíram receberam, além das verbas trabalhistas, três salários de indenização e seis meses de plano de saúde.
A reunião foi conduzida pelos dirigentes José Augusto Camargo (Guto), presidente; Paulo Zocchi, secretário Jurídico do SJSP; Wladimir Miranda, do Conselho de Diretores; e por Raphael Maia, coordenador do Departamento Jurídico do Sindicato.
Legenda: Diretoria do Sindicato dirige a reunião
Foto: Comunicação SJSP
