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Rádio e TV: Sindicato discute rumos da Campanha Salarial em assembleias até dia 20

Rádio e TV: Sindicato discute rumos da Campanha Salarial em assembleias até dia 20


Será construída contraproposta aos empresários, que insistem em reajuste abaixo da inflação

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) realiza assembleias nas emissoras em todo o estado paulista até a próxima sexta-feira (20), para discutir os rumos da Campanha Salarial de Rádio e TV 2016-2017, iniciada em dezembro último.  Na quinta-feira (19), também haverá assembleia às 19h30 na sede da entidade, no auditório Vladimir Herzog, à Rua Rego Freitas nº 530, no centro da capital.

A direção do SJS está dialogando com a categoria para a construção e votação de uma contraproposta, pois os empresários seguem intransigentes e insistindo em reajuste salarial abaixo da inflação – de apenas 12,89% nos salários e benefícios, contra uma inflação de 19,17%, acumulada desde a data base da campanha anterior (01/12/2015).

Confira o calendário e participe, pois a união dos profissionais é essencial para avançar rumo a um acordo que valorize e respeite os jornalistas de Rádio e TV, há dois anos sem qualquer reajuste. Além da capital e de Campinas, há assembleias previstas para outras regiões do interior e litoral, com data e local aguardando confirmação.

17/01
13h – TV Band (no restaurante em frente à entrada)
15h – TV Gazeta (na redação)

18/01
9h – TV Câmara Campinas
12 – Rádio CBN Campinas
13h e 15h – TV Globo (portaria) – a confirmar
15h – ESPN – a confirmar

19/01
14h – Rede TV 
14h – EPTV Campinas
15h – Band Campinas
16h – SBT

Leia também: Rádio e TV: Patrões insistem em reajuste abaixo da inflação

Saiba mais sobre as negociações

Após assembleias com a participação de mais de 500 profissionais de todo o estado, o Sindicato entregou aos patrões, em dezembro passado, a pauta aprovada pela categoria, reivindicando:
– 10,94% retroativos à Campanha Salarial 2015-2016 (data base em 1/12/2015), ainda em aberto devido ao dissídio com os patrões. O índice é o mesmo definido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), em audiência no último dia 5 de outubro;
– 9,54% da Campanha Salarial 2016-2017, dos quais 7,39% de reposição da inflação do último ano e mais 2% de aumento real porque aumentou  tempo de jornalismo na programação das emissoras, mas as demissões enxugaram as redações e, assim, cresceu a produtividade dos jornalistas.

Para abono ou Participação nos Lucros e Resultados (PLR), os jornalistas de Rádio e TV reivindicam pagamento da seguinte forma:
– para fundações até 25 jornalistas: 56% do salário (até R$ 2.824,33);
– para fundações com mais de 25 jornalistas: 66% do salário (até 5.279,23);
– PLR para empresas até 25 jornalistas: 60% do salário (até R$ 2.824,33);
– PLR para empresas de 26 a 45 jornalistas: 68% do salário (até 4.611,88);
– PLR para empresas de 46 a 85 jornalistas: 72% do salário (até R$ 5.279,23);
– PLR para empresas com mais de 85 jornalistas: 90% do salário (até R$ 17.410,74).

Também foram definidas cláusulas prioritárias para assinatura de uma nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), entre as quais:
–  controle de jornada e sistema de compensação de horas;
– vale refeição para 26 dias do mês e garantido também aos trabalhadores afastados ou em férias;
-obrigação do fornecimento de equipamentos de segurança;
– adicional de 30% para os profissionais que trabalham em motolink.

Na terceira rodada de negociações, em 12 de janeiro, os patrões mantiveram a proposta das rodadas anteriores:
– assinatura de uma Convenção Coletiva única para os dois últimos anos, com reajuste de 12,89% sobre os salários e cláusulas econômicas, sendo 6% referentes ao ano passado e 6,5% à data base atual. Porém, em vez de retroativos a 1º de dezembro de 2016, o percentual passaria a valer sobre o salário do mês em que o acordo for assinado (em 17 de janeiro, o sindicato patronal entrou em contato com o SJSP informando que, após consulta aos empresários, decidiu manter a proposta do reajuste retrativo a 1/12/2016);
– em vez de um retroativo ao período entre 1/12/2015 e 30/11/2016, a proposta patronal é de um pagamento compensatório  equivalente a 78% de um salário – que corresponderia a 6% por 13 (doze salários e o 13º), quitados em até três meses após a assinatura da Convenção. Para os admitidos e demitidos no período, o pagamento  seria proporcional e, no caso dos demitidos, sem incidência sobre as verbas rescisórias;
– Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com o mesmo valor pago na Campanha Salarial 2014-2015, sem qualquer reajuste, apesar dos dois anos acumulados.

A contraproposta construída nas assembleias será encaminhada aos empresários e a próxima rodada de negociações ocorre em 26 de janeiro.

Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo

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