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Rádio e TV: Patrões insistem em reajuste abaixo da inflação

Rádio e TV: Patrões insistem em reajuste abaixo da inflação


Sem avanços, Sindicato realiza assembleias para discutir rumos da Campanha Salarial

Terminou sem avanços a terceira rodada de negociações da Campanha Salarial de Rádio e TV 2016-2017, ocorrida na tarde desta quinta-feira (12), pois, após assembleia patronal, os empresários mantiveram a proposta da rodada anterior – reajuste dos salários e cláusulas econômicas em 12,89%, contra uma inflação de 19,17%, acumulada desde a data base da campanha anterior (01/12/2015).

Além do reajuste abaixo da inflação, os empresários propõem que os 12,89% sejam a partir da assinatura da Convenção Coletiva e não retroativos à data base da campanha atual, em 1º de dezembro de 2016.

Assim, a proposta foi recusada de imediato pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP). Sem avanços e com os patrões no mote da intransigência, o Sindicato vai discutir, construir e votar uma contraproposta junto à categoria, e realiza assembleias com os jornalistas de rádio e TV em todas as regiões do estado até o próximo dia 20.

A reivindicação da categoria é de reajuste de 21,52% nos salários e benefícios econômicos, índice correspondente aos dois últimos anos em que os jornalistas estão sem reajuste,  sendo 10,94% retroativos à Campanha Salarial 2015-2016 – ainda em aberto devido ao dissídio com os patrões – e 9,54% da campanha atual (7,39% de reposição da inflação do último ano e mais 2% de aumento real).

Desrespeito e Intransigência


Para justificar a falta de avanços, na mesa os empresários falam em “ajuste de expectativas” entre as partes para fechar um acordo e repetiram que não pretendem “mudanças radicais” em relação ao que vêm propondo.

Como se não bastasse o desrespeito aos profissionais, que estão sem reajuste há dois anos, em vez de um retroativo ao período entre 1/12/2015 e 30/11/2016, a proposta patronal é de um pagamento compensatório de equivalente a 78% de um salário – que corresponderia a 6% por 13 (doze salários e o 13º), quitados em até três meses após a assinatura da Convenção.

Para os admitidos e demitidos no período, o pagamento compensatório seria proporcional e, no caso dos demitidos, sem incidir sobre as verbas rescisórias.

Em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), apesar dos dois anos sem pagamento, querem também manter sem qualquer reajuste o valor pago na Campanha Salarial 2014-2015.

A contraproposta da categoria será enviada aos empresários até o próximo dia 20 para uma resposta na  quarta rodada de negociações, que ocorre em 26 de janeiro.

 

Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo

Foto: Cadu Bazilevski

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