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Polícia prende suspeito de matar jornalista Hélton Eduarti

Polícia prende suspeito de matar jornalista Hélton Eduarti


 

A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira, 13, Adriano Santos Oliveira, 20 anos, acusado de matar o jornalista Hélton Eduarti Souza, de 28, em Valentim Gentil, na noite de 26 de fevereiro. Ele foi preso junto com a mulher, V.J.S., 19, e, segundo a polícia, confessou ser o único autor do homicídio. A mulher dele é suspeita de participação no crime.

Ex-repórter do Diário da Região, da Folha da Região (Araçatuba) e A Cidade (Votuporanga), Hélton foi encontrado morto na manhã do dia 27 de fevereiro no interior de um galpão em construção no terreno do Recinto de Exposições na vicinal Antônio Pimentel, em Valentim Gentil.

Adriano, que disse ser lutador de MMA (artes marciais), explicou aos policiais que ficou nervoso durante uma discussão e, com uma chave de braço, sufocou o jornalista, que morreu na hora. Os objetos do jornalista que sumiram na data do crime foram encontrados na casa do suspeito, inclusive o telefone celular.

 

Encontro na choperia

De acordo com o delegado Fabrício Goulart Boschilia, o setor de investigações da polícia chegou até Adriano após depoimentos de testemunhas que viram os dois se encontrarem por volta das 21 horas na Chopplândia, choperia tradicional de Valentim Gentil.

Posteriormente, entraram no carro GM/Onix de cor branca com placas de Pedranópolis de propriedade do jornalista. O encontro teria sido marcado através de um aplicativo de celular.

Segundo o suspeito, os dois foram até o galpão e começaram a trocar carícias, mas Hélton ficou nervoso após Adriano pedir para que o jornalista parasse. Eles então iniciaram uma briga até que Adriano enforcou Hélton com o braço, e posteriormente com a camisa da própria vítima.

Além de marcas no pescoço, o corpo do jornalista foi encontrado com escoriações no rosto, provavelmente por socos desferidos pelo suspeito, e ferimentos no abdômen. Machucados na região da virilha também foram causados pelo suspeito, que chutou o jornalista já morto. O laudo apresentado pelo Instituto Médico Legal (IML) aponta que a morte foi causada por asfixia.

Após o assassinato, Adriano deixou o corpo de Hélton no galpão, pegou o automóvel da vítima e foi até a estrada de terra ao lado da vicinal Gabriel Fernandes Casquetti, a cerca de três quilômetros de distância do ponto onde o corpo foi localizado. O suspeito então teria colocado dentro da mochila de Hélton o toca CD, o par de tênis, notebook, o telefone celular e uma sacola com remédios anabolizantes. “Ele teria tomado uma dose do medicamento no dia anterior”, disse o delegado. Com o suspeito também foram encontrados R$ 230, pertencentes à vítima. Com os objetos dentro da mochila, Adriano caminhou por cerca de 2,5 quilômetros até a casa onde mora com a esposa, na rua João de Gaspari, no bairro Bem-Te-Vi, em Valentim Gentil.

O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Reinaldo Moura de Souza da 2ª Vara de Votuporanga. Os policiais da delegacia de Valentim Gentil, juntamente com os agentes de Delegacia Investigações Gerais (DIG) de Votuporanga, que também participaram da investigação, foram por volta das 10h de ontem na casa dos suspeitos, onde encontraram os pertences do jornalista.

 

Mulher

Adriano assumiu completamente a autoria do crime, mas a polícia continuará as investigações sobre a possível coautoria da mulher dele. “Ainda não conseguimos construir provas que ela tenha colaborado com crime, mas por morar junto com ele se tornou suspeita”, explicou Boschilia. V.J.S. nega qualquer participação no assassinato.

De acordo como delegado ela estaria grávida de três meses e o filho seria de Adriano. Os dois vivem juntos desde outubro de 2012. Ela foi levada para a cadeia feminina de General Salgado, enquanto Adriano foi encaminhado para a cadeia de Votuporanga. Os dois vão cumprir prisão temporária de 30 dias, podendo ser prorrogada pelo mesmo período.

 

 

Crédito – Texto de André Nonato – de Votuporanga

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