Proposta é recusada na própria mesa de negociação
Na segunda rodada de negociação da Campanha Salarial de Rádio e TV, realizada nesta terça-feira (dia 11), os patrões apresentaram proposta de reajuste de 5,6% para corrigir todos os índices econômicos da Convenção Coletiva. A proposta foi imediatamente recusada pelos negociadores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, uma vez que não chega sequer a cobrir a inflação do período, que foi calculada em 5,95% pelo INPC medido pelo IBGE.
Já a categoria reivindica a unificação do piso salarial em R$ 3.504,29 para jornada de 7 horas de trabalho diária (R$ 2,002,35 para 5 horas) e reajuste de 12,31% (soma do INPC + 6% de aumento real) para os que recebem acima destes valores.
Na rodada inicial o Sindicato já havia obtido a garantia de manutenção da data base em 1º de dezembro, o que significa que todas as conquistas serão pagas com retroatividade.
Os jornalistas também reivindicam vale-refeição de R$ 25 ao dia, PLR de um salário nominal, adicional especial de 50% para jornalistas de imagem, baseado no projeto do deputado federal Marco Maia (PT/RS), que tramita no Congresso Nacional.
Empresas podem pagar melhores salários
Os números de faturamento publicitário das empresas de Rádio e TV comprovam que não há nenhuma dificuldade financeira para os patrões. Muito pelo contrário. Não é por falta de recursos financeiros que os jornalistas paulistas ficarão sem um aumento salarial digno e compatível com a responsabilidade da função e o empenho dos profissionais.
A análise do Departamento Econômico do Sindicato mostra que o segmento de Rádio e TV teve crescimento nos últimos anos (veja tabala abaixo).