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São 142 jornalistas palestinos assassinados por Israel desde outubro de 2023, diz a FIJ

Redação - SJSP

A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) estima que já são 142 os jornalistas e trabalhadores de mídia assassinados por Israel desde 7 de outubro de 2023, quando o governo de Benjamin Netanyahu deu início à retaliação contra o ataque do Hamas desfechado naquela data e no qual morreram cerca de 1.200 israelenses, entre militares e civis. Desde então Israel vem cometendo um genocídio que já matou mais de 45 mil palestinos moradores de Gaza, deixando feridos outros 107 mil, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

De acordo com a FIJ, já são pelo menos cinco jornalistas palestinos assassinados por Israel apenas na primeira quinzena do mês de dezembro: Maysara Salah, da Quds News Network, no dia 2; Iman al-Shanti, jornalista e apresentadora da Rádio Voz de Al-Aqsa, no dia 11; Mohammed Baalousha, jornalista da televisão Dubai Al Mashhad, no dia 14; Mohammed Jaber al-Qerinawi, editor da Agência de Notícias Sanad, em ataque aéreo a sua casa no campo de Al-Bureij, no qual também morreram sua esposa e três crianças, no dia 14; e Ahmed al Louh, câmera da Al-Jazeera, em ataque aéreo a Nuseirat, no dia 15.

Outros 14 jornalistas morreram desde 7 de outubro de 2023: quatro israelenses, nove libaneses e uma síria. Os profissionais israelenses mortos naquela data, presumivelmente pelo Hamas, são Yaniv Zohar, repórter-fotográfico de Israel HaYom; Ayelet Arnin, editora de notícias da Israeli Broadcasting Corporation (KAN); Shai Regev, editor do TMI; Roee Idan, repórter-fotográfico da Ynet.

Mohammed al-Qerinawi, assassinado por ataque aéreo israelense com a esposa e 3 crianças em 14/12/24 Al-Qerainawi



Os jornalistas libaneses assassinados por Israel nos ataques desfechados contra o Líbano já em 2023 são Issam Abdallah, jornalista de vídeo da Reuters, em 13 de outubro; Farah Omar, repórter do Al Mayadeen, e Rabih Me’mari, cinegrafista da Al Mayadeen TV, ambos em 20 de novembro.

Na ofensiva desfechada por Israel contra o Líbano em 2024 foram assassinados os seguintes jornalistas: Hadi Al-Sayed, da Al Mayadeen TV, em 25 de setembro; Kamel Karkari, cinegrafista da Al-Manar TV, em 24 de setembro; Ahmad Akil Hamzeh, motorista e colaborador da RAI, morreu de ataque cardíaco após sua equipe de mídia ter sido agredida, em 8 de outubro; Ghassan Najjar, cinegrafista da Al Mayadeen TV, Mohammad Reda, engenheiro de transmissão da Al Mayadeen TV, e Wissam Qassim, operador de câmera da TV Al-Manar, todos em 25 de outubro.

A jornalista Safaa Ahmad, âncora da televisão estatal síria, foi assassinada por ataque aéreo de Israel em 1º de outubro. Assim, ao todo já morreram 156 jornalistas e profissionais de mídia de quatro nacionalidades desde o início da atual guerra. “Vários ficaram feridos e outros estão desaparecidos”, diz a FIJ. “Israel deve ser responsabilizado”.

Mohammed Baalousha
Mohammed Baalousha usava pinos na perna após ferimento por ataque em 2023: executado por Israel em 14/12/24

Jornalista palestino Mohammed Baalousha assassinado por Israel em ataque de drone em Gaza. Correspondente do canal Al-Mashhad, Baalousha foi morto no dia 14 de dezembro último. Ele já havia sido ferido pelos israelenses em novembro de 2023 e continuou trabalhando com uma estrutura metálica na perna. Também em novembro de 2023, Baalousha revelou ao mundo uma das maiores atrocidades cometidas em Gaza: na invasão do Hospital Al-Nasser, os israelenses forçaram famílias palestinas a evacuarem o hospital e deixarem bebês prematuros para morrer na UTI. Baalousha encontrou os corpos de dezenas de bebês em estado de decomposição no hospital. Confira no perfil da Fepal  no Instagram

A jornalista palestina Iman Al-Shanti, de 36 anos, foi assassinada por Israel junto com os três filhos e o marido quando o apartamento da família em Sheikh Radwan, ao norte da Cidade de Gaza, sofreu um bombardeio no dia 11 de dezembro. Iman trabalhava na Rádio Al-Aqsa. Veja no Monitor do Oriente

“Guerra em Gaza: Israel deve ser responsabilizado”. Matéria da FIJ sobre os 156 jornalistas assassinados desde outubro de 2023. Confira aqui. 

“Israel aprova expansão de assentamentos nas Colinas de Golã, território sírio”. O governo Netanyahu aprovou em 15/12 a expansão dos assentamentos judeus nas Colinas de Golã, região reconhecida pela comunidade internacional como território sírio, mas que foi anexada por Israel em 1981. Reportagem da Folha de S. Paulo

“Como o Facebook restringiu acesso a notícias de Gaza durante guerra com Israel”. Reportagem da BBC disponível aqui

“Meu irmão, o chef Mahmoud Almadhoun, foi morto porque alimentou o povo faminto de Gaza”. Sua morte por Israel enviou uma mensagem assustadora de que ninguém está seguro, incluindo os trabalhadores humanitários que impedem a destruição de Gaza. Artigo de autoria de Hani Almadhoun, que é diretor de Filantropia da UNRA, agência da ONU para refugiados, cujos funcionários vêm sendo perseguidos e mortos por Israel. Disponível no The Nation

Protesto de judeus israelenses em Jerusalém, contra o genocídio em Gaza. Disponível no Instagram

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