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Nova diretoria reafirma compromisso de lutar pelos trabalhadores

Nova diretoria reafirma compromisso de lutar pelos trabalhadores


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Após a solenidade, jornalistas participam do Dia Nacional de Luta #Não à Precarização, que ocorre às 15 horas, em frente ao prédio da FIESP

Na manhã desta quarta-feira, dia 15 de abril, a diretoria eleita do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) para o triênio 2015/2018, assumiu o compromisso de continuar a luta em defesa de empregos e direitos trabalhistas.

Durante a solenidade foi realizada a passagem de cargo do ex-presidente, José Augusto Camargo (Guto) para o atual, o jornalista da editora Abril, Paulo Zocchi. Também foram empossados os diretores executivos, conselho de diretores, conselho fiscal, Corfep e regionais. Após a cerimônia, os jornalistas participam do Dia Nacional de Luta #Não à Precarização, que ocorre às 15 horas, em frente ao prédio da FIESP.

Guto, que esteve à frente da entidade por nove anos, traçou um paralelo entre a crise estatutária durante a fundação e a possível aprovação do PL 4330 que traz o mesmo debate. O problema naquele momento era saber se seria um Sindicato voltado para os liberais ou para os trabalhadores e a decisão foi pela classe trabalhadora. Segundo ele, diante disso, a defesa pela classe trabalhadora está no DNA do SJSP e ela precisa estar bem clara, “já que vivemos uma tentativa de legalização de profissionais autônomos”.

“Hoje, além da posse, comemoramos 78 anos do Sindicato, que é uma data histórica, pois o primeiro jornal em 1938 fazia este debate, ou seja, sobre o caráter da profissão de jornalista. Antes a categoria era em conjunto com os gráficos e a avaliação foi de os jornalistas tinham uma natureza diferenciada, com as suas especificidades. A terceirização de hoje é um retrocesso no processo de construção do Sindicato e conta com o apoio das empresas de comunicação”, relembrou o ex-presidente.

Já Zocchi, o atual presidente, reforçou o vínculo profundo da entidade que continuará sendo com os trabalhadores e a defesa do emprego. Ao se referir também ao PL da terceirização ele disse “Temos muitos conflitos nesse momento: a tentativa de derrubada da presidenta Dilma Roussef, as passeatas de conservadores nas ruas, agressões a jornalistas. E tudo isso com apoio direto dos nossos patrões porque somos uma categoria assalariada, mesmo com posição contrária. É a exploração do homem pelo homem”.

Segundo ele, também faz parte da missão da próxima gestão tornar a sede mais acolhedora, sendo assim, a casa do jornalista como uma ferramenta de luta.

A Secretária de Sindicalização, Ana Flávia Marques da Silva, apresentou o manifesto dos jornalistas que será lido no Dia Nacional de Luta contra o PL 4330 #Não à Precarização. Veja abaixo:

 

PL 4330: mais demissões e pejotização para os jornalistas

 

Os jornalistas são, atualmente, uma das categorias mais afetadas pela precarização das relações de trabalho. O desrespeito à jornada de trabalho é uma constante e a “contratação” através da figura de Pessoas Jurídicas, PJ’s, uma ilegalidade presente em praticamente todas as redações e assessorias de comunicação.

A alta rotatividade de mão de obra nas redações, patrocinada pela ganância empresarial que busca o aumento da taxa de lucratividade e o pagamento de dividendos aos acionistas, em detrimento da qualidade da informação, vem causando uma crise no setor que é culpa exclusiva das empresas. Por isso defendemos a adoção integral pelo Brasil da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe as demissões injustificadas como forma de proteger o emprego.

Se o PL 4330 se tornar lei, as empresas jornalísticas terão as portas abertas para ampliar ainda mais o espaço dos PJ’s e da precarização nas redações.

Por tudo isto, na data de hoje, 15 de abril, aniversário de fundação do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e posse da diretoria eleita, chamamos todos os jornalistas para que se unam aos demais trabalhadores nesta jornada de lutas contra a aprovação do PL 4330 na avenida Paulista às 15 horas.

Pela defesa da regulamentação da profissão através da aprovação da PEC do Diploma, pela melhoria das condições salariais e de trabalho e pelo fim dos PJ’s nas redações.

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