A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e, em especial, a sua Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Conajira), vêm a público, mais uma vez, repudiar de forma veemente o assassinato brutal de mais um homem negro neste País.
O jornalista, algumas vezes, em seu trabalho, utiliza-se de muitas palavras para traduzir um sentimento. Mas, nestas horas, a soma de todas elas não é suficiente para expressar a indignação pelo que aconteceu com Genivaldo de Jesus Santos, no dia 25 de maio, na cidade de Umbaúba, em Sergipe. Os três policiais federais rodoviários que o abordaram, no Km 180 da BR-101, têm de ser exemplarmente punidos, na medida em que se torna urgente que as autoridades implantem políticas públicas voltadas para o enfrentamento do racismo nas instituições responsáveis pela segurança pública.
No Brasil, há pelo menos cinco séculos, negros e indígenas são massacrados com as mais perversas justificativas, tornando este País um dos mais violentos na história da humanidade, ao contrário do mito criado há muitos anos de que somos um “paraíso tropical”, exceto para a grande maioria de sua população, pelo que os fatos históricos registram, incluindo este mais recente crime.
Já não restam palavras para dizer o que há sempre, de maneira incansável, dizemos: “parem de nos matar”…”parem com as matanças de negros e indígenas”…”parem de matar os pobres”…”parem de matar as mulheres”!
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e, em especial, a sua Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Conajira), vêm pela ENÉSIMA VEZ protestar com veemência contra as mortes que diariamente nos afetam, de maneira injustificável, em perpetuação do ódio à nossa população.
Parem com as matanças!
Temos o direito de viver!
Brasília, 30 de maio de 2022