O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) considera inadmissível a agressão sofrida pelo repórter cinematográfico Paulo Rafael Fidêncio, jornalista do SBT de Jaú, por um manifestante que participava de um protesto dos professores em greve na cidade de Bauru.
O incidente ocorre num momento de grande tensão, em que manifestantes, em luta por uma causa mais do que justa – como melhores salários e condições de trabalho -, não entendem o papel do profissional de imprensa, que se esforça para levar à população informações e imagens que retratam os fatos. Confundem os interesses políticos e econômicos das empresas de comunicação e suas linhas editoriais com a atividade jornalística dos trabalhadores, que se expõem para levar ao conhecimento da sociedade as demandas dos próprios trabalhadores .
No caso em questão, o jornalista buscava registrar a agressão de um policial militar à uma professora, imagem e informação de amplo interesse social. A direção do Sindicato considera que este foi um ato isolado de um manifestante que não percebe o alcance do papel que desempenha o jornalista frente às notícias que devem ser divulgadas e conclama a todos os trabalhadores que não incorram no erro de confundir o trabalho pela informação com o resultado final do noticiário produzido pelas empresas jornalísticas.
O SJSP considera também que os interesses de todos os trabalhadores – como os jornalistas e os professores – são os mesmos, e, não por acaso, o SJSP e a Apeoesp, que representa os professores, são filiados à CUT. Lamentamos a agressão e afirmamos que um fato como esse não pode mais se repetir.
São Paulo, 17 de abril de 2015.
Direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo