O Brasil perdeu hoje, 22 de abril, o jornalista, escritor, artista plástico e militante político Alípio Freire, de 75 anos.
Filiado ao Sindicato em março de 1981, Alípio Raimundo Viana Freire, nascido em Salvador (BA), em 4 de novembro de 1945, foi militante da Ala Vermelha (grupo dissidente do PCdoB) nos anos 1960/70, que combateu a ditadura militar por meio da luta armada. Foi preso aos 23 anos pela Operação Bandeirantes (Oban). Depois de três meses de torturas e interrogatórios, foi transferido para o Presídio Tiradentes, onde ficou preso entre 1969 e 1974.
Após sair da prisão seguiu com o jornalismo e a militância, sendo um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Anistiado pelo Ministério da Justiça em 2005, escreveu vários livros, entre eles, “Estação Paraíso” e “Estação Liberdade”. Em 2013 lançou seu primeiro documentário, 1964 – Um golpe contra o Brasil.
Alípio Freire é mais uma vítima da necropolítica genocida do atual governo, que já ceifou milhares de vidas brasileiras. Há meses lutava contra a covid-19, mas não resistiu.
A diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo (SJSP) se solidariza com familiares e amigos e presta essa homenagem ao grande ser humano e militante pela democracia. Alípio Freire, presente!