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Nota da CUT-SP em defesa da liberdade de imprensa

Nota da CUT-SP em defesa da liberdade de imprensa

Neste domingo, 3 de maio, foi celebrado o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Neste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou como tema “Jornalismo sem medo ou favor”, em referência ao contexto de pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Infelizmente, no Brasil a data foi marcada pela divulgação de um levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) apontando que a maior ameaça aos profissionais brasileiros é o presidente Jair Bolsonaro, que como temos visto também tem se coloca como uma ameaça ao combate à pandemia em nosso país.

Segundo o monitoramento da Federação, neste ano Bolsonaro já “proferiu 179 ataques à imprensa, sendo 28 ocorrências de agressões diretas a jornalistas, duas ocorrências direcionadas à FENAJ e 149 tentativas de descredibilização da imprensa”.

Ao fazer declarações agressivas ao trabalho dos profissionais de imprensa, Bolsonaro incita seus seguidores a ir além e promover agressões, não apenas verbais, mas também físicas contra os trabalhadores da comunicação.

Somente nos primeiros dias de maio, no Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, foram registrados dois casos em Brasília: em frete ao Palácio do Planalto e na Praça dos Três Poderes, onde enfermeiros faziam manifestação silenciosa pedindo segurança para os trabalhadores e reforço no isolamento social para evitar mais mortes por Covid-19.

No dia seguinte (2), profissionais de imprensa que cobriam as manifestações contra e a favor do ex-ministro Sérgio Moro que foi depor na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba sofreram com a hostilização e um cinegrafista chegou a ser agredido fisicamente.

Ontem (3), Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, novamente em Brasília, trabalhadores da comunicação, no cumprimento de suas funções, foram agredidos com chutes e empurrões em frente ao Palácio do Planalto sob os olhos do presidente que, mais uma vez, foi ao encontro de seus apoiadores que realizavam mais uma manifestação antidemocrática pedindo fechamento do Congresso e do Supremo.

É inadmissível que trabalhadores, como os profissionais de imprensa, sejam tratados dessa forma. A liberdade de imprensa é um dos pilares da nossa democracia. Essas agressões somadas à escalada dos atos que atentam contra as instituições democráticas, demostram que vivemos uma perigosa escalada do fascismo em nosso país.

Por isso, a CUT São Paulo manifesta seu repúdio aos atos insanos de violência que tem sido cometido contra os profissionais de imprensa no Brasil e se solidariza com todos trabalhadores e todas trabalhadoras vítimas dessas agressões.

Reforçamos ainda nosso compromisso com a luta em defesa da vida, dos direitos dos trabalhadores e da população brasileira, da democracia e da liberdade de imprensa. Fascistas não passarão!

São Paulo, 4 de maio de 2020.

CUT São Paulo

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