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No Dia Mundial da Liberdade de Expressão, a violência preocupa os jornalistas

No Dia Mundial da Liberdade de Expressão, a violência preocupa os jornalistas


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A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) cumprimenta a todos os profissionais de imprensa neste Dia Mundial da Liberdade de Expressão e não poderia deixar de apontar sua preocupação com o pleno exercício da profissão.

A integridade física dos profissionais de imprensa tem sido ameaçada. São cada vez mais frequentes os episódios de violência contra os jornalistas. Não bastasse enfrentar más condições e precarização nas relações de trabalho, baixos salários e o permanente fantasma das demissões, muitos se vêem às voltas com uma rotina de ameaças de morte, agressões físicas ou verbais, com o intuito de calar o profissional.

Em São Paulo, o maior estado da federação, houve agressões a repórter que foi cobrar a empresa por um free-lancer, ameaças ao jornalista impedido de participar de uma coletiva com um prefeito, vereador que durante entrevista ameaçou a repórter e até veículo de um canal comunitário do interior metralhado por causas de críticas que o profissional fazia a um governo municipal. No ano passado, um repórter da Folha de S.Paulo foi obrigado a deixar o país devido a ameaças a ele e seus familiares.

O quadro em todo país também é preocupante. Levantamento realizado pelo Comitê de Proteção de Jornalistas (CPJ) colocava em 2010 o Brasil como o 18° país mais perigoso para o exercício da profissão. Dois anos depois, já ocupa o quarto lugar em número de jornalistas mortos, só perdendo para a Síria, Somália e Paquistão. Em 2013, quatro profissionais foram assassinados de janeiro a abril deste ano, dois dos quais no Vale do Aço, em Minas Gerais. As mortes aconteceram principalmente quando há denúncias contra políticos ou grupos de extermínio.

Em nível mundial, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, e a Diretora-Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, pediram que todos os países reforcem a segurança para que os jornalistas possam trabalhar sem medo.

De acordo com a UNESCO, mais de 600 jornalistas foram mortos na última década, muitos trabalhando fora de zonas de conflito. A organização também divulgou que nove em cada 10 casos de assassinatos desses profissionais ficam impunes.

Mesmo diante destas adversidades, os jornalistas continuam sendo os principais defensores da Liberdade de Expressão, bandeira de luta que pertence aos trabalhadores. Por este motivo, e mais do que nunca, estão engajados na coleta de assinaturas para a aprovação no Congresso Nacional do Projeto de Lei da Mídia Democrática, lançado oficialmente no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador.

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