Em primeira reunião do ano, Coletivo da Mulher Trabalhadora planeja agenda de mobilizações para o Dia Internacional da Mulher
Com a aproximação do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, o Coletivo da Mulher Trabalhadora da CUT debateu em sua primeira reunião de 2016 as atividades que irão acontecer no Estado de São Paulo para dialogar com a sociedade os avanços que ainda precisam ser feitos para que as mulheres tenham seus direitos garantidos.
O encontro ocorreu nesta terça-feira (2) no Centro de Formação “18 de Agosto”, do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), no centro da capital paulista, e reuniu cutistas de diferentes ramos. Na pauta, elas definiram a arte e os materiais de divulgação do mês, uma pré-agenda de atividades, e o tema central das ações, que neste ano será “Mulheres na política: em defesa da democracia, construindo uma sociedade justa e igualitária, sem violência e livre de preconceitos. Não ao retrocesso!”.
O texto escolhido considerou o atual momento político e econômico do Brasil, em que setores conservadores aproveitam para sugerir retrocessos em conquistas trabalhistas. Segundo a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT São Paulo, Ana Lúcia Firmino, “vivemos um momento importante, em que precisamos estar unidas, pois o Congresso está com uma agenda que afronta os direitos das mulheres”, avalia.
Neste ano, a CUT São Paulo também lembra os 70 anos da conquista do voto feminino no Brasil – antes de 1946, esse direito era restringido às mulheres que exerciam funções públicas. Da mesma forma, reforça a defesa da maior participação das mulheres na política já que elas representam apenas 9% das cadeiras na Câmara e 13% no Senado, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para Ana Lúcia, a não presença feminina nos espaços de tomada de decisão pode ser um reflexo da agenda conservadora que tem surgido.
Comunicação
Na reunião, a secretária de Imprensa e Comunicação da CUT São Paulo, Adriana Magalhães, apresentou a proposta da edição deste ano do Jornal da Mulher Trabalhadora, que trará notícias relacionadas ao mundo do trabalho, violência nas redes sociais e empoderamento da mulher nos espaços de participação social. “Teremos uma ampla tiragem, dada a importância do tema e para que chegue a um maior número de pessoas. Além disso, nosso site terá a cor lilás durante todo o mês”, diz.
A publicação também estará disponível na plataforma digital e a agenda completa das ações no Estado será definida ao longo de fevereiro e disponibilizada no site da CUT/SP para que todos possam participar.
Escrito por: Rafael Silva – CUT São Paulo