Trabalhadoras também denunciam traidores e colhem assinatura para anular Reforma
As mulheres da CUT e de outras Centrais Sindicais fizeram barulho para denunciar o fim da aposentadoria com a Reforma da Previdência, no viaduto Santa Ifigênia, em frente ao INSS, em São Paulo.
O ato foi organizado pelo Forum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT).
“A Reforma da Previdência vai acabar com a aposentadoria e vai prejudicar ainda mais a vida das mulheres, que tem dupla e tripla Jornada. As mulheres trabalham 5 horas a mais que os homens por semana e não podemos permitir que se aposentem com a mesma idade que eles”, criticou a secretária de Mulheres Trabalhadoras da CUT, Juneia Martins Batista.
A proposta da Reforma da Previdência do governo ilegítimo de Michel Temer propõe igualar a idade mínima entre homens e mulheres, acaba com a aposentadoria por idade e pra receber o valor integral do benefício será necessário trabalhar, ininterruptamente, por 49 anos.
“O projeto de “contrarreforma” desconsidera a realidade vivida pelas mulheres, negras, professoras e as trabalhadoras rurais, que estão nas funções mais precárias, trabalham sobre chuva e sol, começam a trabalhar muito cedo e na primeira crise ou corte, somos nós que demitem primeiro”, concluiu Junéia.
No local do ato, as mulheres da CUT denunciaram os parlamentares que votaram a favor da Reforma Trabalhista, que passa a valer no próximo dia 11 de novembro, com a cara de cada um deles num varal pregado na ponte. Além disso, as CUTistas colheram assinatura para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) para anular a Reforma Trabalhista.
“A campanha “anulareforma” foi aprovada no Congresso Extraordinário da CUT e o objetivo é colher um milhão e trezentas assinaturas e levar até o Congresso Nacional em Brasília. É possível revogar e a gente está trabalhando pra isso”, disse a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT São Paulo, Marcia Viana.
Participam do FNMT:
Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Força Sindical
Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)
União Geral dos Trabalhadores (UGT)
Escrito por: Érica Aragão – CUT Nacional
Foto: Roberto Parizotti