A Frente Brasil Popular, que reúne cerca de 80 movimentos sindical e sociais do campo e da cidade, organiza um ato nesta segunda-feira (28), às 18h, em frente ao prédio da Petrobras, na Avenida Paulista, 901.
Os movimentos são contra a privatização e as altas consecutivas dos preços do diesel, da gasolina, do etanol e do gás. Da mesma forma, as entidades combatem a atuação do Exército brasileiro para intimidar as paralisações e a postura de alguns setores que exigem intervenção militar, na perspectiva de um novo golpe.
Secretária de Administração e Finanças da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Cibele Vieira explica que a luta dos petroleiros neste momento se dá em torno da unidade. “Nossa luta se une à paralisação dos caminhoneiros e é contra esta política de preço que a Petrobras vem aplicando, que leva à alta dos preços dos derivados como, por exemplo, da gasolina e do gás de cozinha”, afirma a dirigente, que também faz parte da direção da CUT-SP.
Cibele responsabiliza Michel Temer (MDB) e o tucano Pedro Parente, atual presidente da Petrobras, pela política brasileira de preços flutuantes em paridade com os ajustes internacionais.
“Temos o petróleo, o refino e a distribuição. É tudo com custo nacional. Antes os preços eram pensados e voltados para o país, mas Parente, a mando de Temer, aumentou no último período em 59,32% o preço do diesel, entre outros aumentos promovidos. Não tem porque continuarmos aceitando essa política de preço voltada ao lucro das grandes empresas estrangeiras e não para as necessidades do povo brasileiro”, ressalta.
Além das questões apontadas por Cibele, os movimentos reforçam a luta contra a privatização da empresa. A Petrobras, além de ter importante papel na soberania energética, é a maior empresa nacional e responsável por metade dos investimentos públicos.
O protesto desta segunda-feira (28) em São Paulo é um dos muitos previstos para a semana já que os petroleiros anunciam greve de 72 horas a partir da próxima quarta-feira (30).