Com passagens por várias redações, entre elas as revistas Realidade, Visão e TV Cultura, Rodolfo Konder, nascido em Natal (RN), em 5 de abril de 1938. Escritor, foi presidente da Anistia Internacional brasileira, professor de jornalismo na FAAP, diretor da FIAM e representou a ABI em São Paulo.
Filho de militante comunista, filiou-se ao PCB em 1961quando trabalhava na Petrobras, em Caxias (RJ), como assistente administrativo. Membro do Sindicato dos petroleiros, após o golpe militar entrou para a lista de sindicalistas perseguidos e exilou-se no Uruguai. Voltou ao Brasil e iniciou sua carreira como jornalista e, em 1968, passa a morar em São Paulo.
Em 1975 foi preso na mesma sexta-feira (24/10) em que os agentes da ditadura procuraram Vlado na TV Cultura. Konder, também torturado no DOI-Codi, foi, ao lado de George Duque Estrada, um dos jornalistas que tiveram contato direto com Herzog nas dependências da delegacia no dia de sua morte quando foi realizada uma “acareação” entre eles. Ao ser libertado, em novembro, registra um depoimento extrajudicial perante oito testemunhas onde denuncia a tortura e contesta a versão do suicídio de Vlado. No início de 1976 parte para um exílio voluntário e se aproxima da Anistia Internacional.
Ao voltar para o país Rodolfo Konder inicia um período político que para muitos de seus colegas soa como uma negação de sua própria história. Afasta-se do PCB e, em 1992, aceita o convite do prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, e se torna secretário de Cultura permanecendo no cargo até o ano 2000 pois também integra a gestão do seu sucessor, Celso Pitta, dois políticos conservadores alinhados com um pensamento de direita.
Na manhã de 1 de maio de 2014 morre em São Paulo após uma longa batalha contra o câncer e é cremado no mesmo dia em uma cerimônia aberta apenas aos familiares.
