Decretação do estado de greve foi fundamental para empresa normalizar vencimentos
A mobilização dos jornalistas e a decretação do estado de greve obrigou a Rede Anhanguera de Comunicação (RAC) a normalizar o pagamento dos salários dos trabalhadores, que estavam atrasados desde o adiantamento salarial, que deveria ter sido depositado no dia 20 de janeiro. A empresa edita os jornais Correio Popular e Notícias Já, a revista Metrópole – em Campinas – e mantém o portal rac.com.br.
O estado de greve foi decretado em assembleia dos trabalhadores no dia 29 e havia o temor de que a empresa também não pagasse os salários, além do adiantamento. Mas a mobilização forçou a RAC a buscar os recursos necessários para cumprir seus compromissos em sua totalidade.
Alertado pelos jornalistas sobre o atraso no adiantamento, o Sindicato procurou a empresa e obteve como resposta que haviam problemas de fluxo de caixa e sequer os salários estariam garantidos no vencimento, como reconheceu o próprio dono da RAC, Sylvino de Godoy Neto, em conversa com os dirigentes sindicais. Ele disse que a empresa passa por dificuldades, afirmou que a folha de pagamento tem prioridade, mas não garantiu o pagamento na data prevista. Mas a mobilização dos trabalhadores surtir resultados
A crise na RAC tem se acentuado e afeta toda a empresa. Trabalhadores de vários setores já foram demitidos. No final de 2015, a gráfica foi fechada e a impressão, terceirizada. Esta foi a primeira vez que a empresa atrasou os salários dos jornalistas.