Sindicato manterá a reunião, para a qual a federação patronal (Fenajore) foi chamada
A primeira mesa redonda de negociação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para jornalistas de jornais e revistas do interior foi agendada para quarta-feira (28), após quase dois anos de cobranças do Sindicato dos Jornalistas (SJSP) ao Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas no Estado de São Paulo (SindJori), que há um mês teve sua regularização cadastral concluída no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No entanto, em mais uma postura antissindical, o SindJori já respondeu à notificação da Superintendência Regional do MTE afirmando que não irá comparecer! Diante dessa nova intransigência, a pedido do Sindicato dos Jornalistas (SJSP), será mantida a reunião, para a qual também foi chamada a Federação Nacional das Empresas de Jornais e Revistas (Fenajore).
Com data-base em 1º de junho, a última CCT do segmento foi assinada em setembro de 2021. Há 22 meses o Sindicato reivindica negociação de uma nova CCT ao SindJori, que se negou a negociar e até a estender a convenção anterior, submetendo a categoria a ficar sem piso salarial e sem a garantia de vários direitos.
Perdas sucessivas
Nesse período, as perdas da categoria se acumularam em seus efeitos retroativos. A inflação apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) revela apenas uma parte dessas perdas:
11,90% do período 1º de junho de 2021 a 31 de maio de 2022
3,74%, do período de 1º de junho de 2022 a 31 de maio de 2023
No próximo 1º de junho haverá um novo período inflacionário a ser somado.
A última pauta entregue ao SinJori, em abril de 2023, reivindicava, além da recomposição da inflação de forma retroativa e 3% de aumento real, a diminuição na defasagem dos vales alimentação e refeição, que é enorme.
SindJori quer criar nova desculpa
Em 2022, a pauta de reivindicações foi entregue em 1º de abril. No início de maio, houve o falecimento do então presidente do SindJori e, no final daquele mês, à véspera da data-base (1º de junho), o Sindicato reivindicou a extensão da vigência da CCT enquanto rolassem as negociações. O SindJori negou, baseando-se no fim da ultratividade – mecanismo existente, antes da famigerada Reforma Trabalhista, que mantinha as cláusulas da convenção coletiva anterior enquanto se negociava, na campanha salarial, uma nova convenção.
Com a morte do presidente, a entidade patronal descobriu que seu cadastro no MTE estava irregular e passou a alegar falta de poder de representação para negociar a CCT.
O Sindicato pediu, por duas vezes, intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) para início das negociações, com negativas do SindJori. Em ambas, o MPT arquivou a solicitação do SJSP em razão de outro efeito da Reforma Trabalhista, que impossibilita intermediação havendo discordância de uma das partes envolvidas.
O fato, porém, é que o patronal poderia, sim, negociar, enquanto resolvia seus problemas. E agora, com sua regularização cadastral concluída no MTE, o SindJori tenta tirar da cartola nova “desculpa” para não negociar e manter a categoria a essa situação dramática em que se encontra!
Categoria atenta
É fundamental, mais do que nunca, que jornalistas que atuam em jornais e revistas do interior e litoral estejam alertas aos informes e chamados do Sindicato. Por direitos e dignidade, queremos CCT com recomposição salarial!
CONTATE SUA REGIONAL SJSP https://www.sjsp.org.br/pagina/regionais
SINDICALIZE-SE!
Pela legítima defesa de nossa categoria, pela sustentação do nosso Sindicato, pela luta das e dos jornalistas do estado de São Paulo!