Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas

Manifesto feminista contra Ives Gandra para a vaga de Teori ganha apoio irrestrito

Manifesto feminista contra Ives Gandra para a vaga de Teori ganha apoio irrestrito


Com mais de 2.400 assinaturas, documento é um “ato político” contra os retrocessos do governo de Michel Temer. Entre eles, a indicação do jurista considerado machista e homofóbico


São Paulo – O manifesto de lançamento da anticandidatura da professora Beatriz Vargas Ramos ao Supremo Tribunal Federal (STF), que a princípio reunia a assinatura de professoras, intelectuais e ativistas de movimentos feministas, ganhou apoio irrestrito. Entre os mais de 2.400 que o subscrevem estão nomes como o economista Luiz Gonzaga Belluzzo e do ex-ministro do Desenvolvimento Agrário do governo de Dilma Rousseff, Miguel Rossetto.

Professora da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), Beatriz Vargas Ramos é feminista, ativista de direitos humanos, defensora da descriminalização das drogas e do aborto, contrária à redução da maioridade penal e à criminalização dos movimentos sociais. É também integrante da resistência democrática contra o golpe institucional de 2016.

Os profissionais de diversas áreas, organizações e movimentos sociais que assinam o manifesto destacam a ilegitimidade do atual governo, que compromete todos os processos políticos regulares e que agora os coloca diante de mais uma afronta: a defesa do nome de Ives Gandra Martins Filho para ministro do STF na vaga aberta com a morte de Teori Zavascki, no último dia 19, na queda de um avião em Paraty (RJ).

Para eles, Ives Gandra demonstra desconhecer a realidade social de brasileiras e brasileiros. “Sexismo, homofobia, lesbofobia, discriminação racial, desrespeito aos direitos humanos e sociais e ao Estado laico não podem ser parte da trajetória de quem irá integrar o colegiado do STF”, afirmam, em manifesto.

Gandra, conforme o manifesto, é mais um aliado a se empenhar na ampliação do estado policial ao mesmo tempo em que reduz o estado social – uma receita neoliberal com a aprovação do congelamento de gastos da União por 20 anos, a proposta de reforma da Previdência Social, da privatização fatiada da Petrobras e ataques aos direitos trabalhistas, com propostas de aprovação da terceirização, ampliação da jornada de trabalho, exclusão do trabalho não decente do conceito de trabalho escravo, e tudo isso sem qualquer medida de tributação efetiva das rendas e grandes fortunas. “Isso tudo além da volta do primeiro-damismo e do rebaixamento das políticas para as mulheres, que passou a ser subordinada ao Ministério da Justiça.

Escrito por: Redação RBA (Rede Brasil Atual)

 

Foto: Arquivo/Agência Brasil

veja também

relacionadas

mais lidas

Pular para o conteúdo