A repercussão negativa gerada pela demissão do professor e jornalista Edson Flosi fez a Faculdade Cásper Líbero voltar atrás e convidá-lo a reassumir suas funções. Ele, no entanto, declinou do convite. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, que repudiou arbitrariedade, engrossando as manifestações públicas de protestos, continua à disposição do jornalista. Na oportunidade, o professor e jornalista Caio Tulio Costa pediu demissão em solidariedade.
“Tomei conhecimento pela imprensa do convite da Fundação Cásper Líbero e da Faculdade Cásper Líbero para reassumir minhas funções naquela instituição de ensino, onde lecionei por 16 anos, até ser demitido em meio a grave doença que me acometeu. Minha resposta: não volto, não posso e não devo voltar”, respondeu.
Flosi, que lecionava na Cásper Líbero há 16 anos e efetuava tratamento de um câncer, foi repórter policial por cerca de 30 anos, com passagens pelos jornais Folha de S. Paulo, Jornal da Tarde e Notícias Populares, entre outros. No último dia 13, lançou o livro Por trás da Notícia, sobre a elaboração das grandes reportagens. O Sindicato se mantém à disposição de Flosi, através de seu Departamento Jurídico, lembrando que qualquer empregador pode rescindir o contrato de trabalho de seus empregados quando entender necessário. Porém, segundo a jurisprudência elaborada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), “a dispensa com caráter discriminatório é considerada arbitrária, dando ao empregado o direito à reintegração”. Assim entendeu a 1ª Turma do TST, ao confirmar a decisão que mandou reintegrar um trabalhador, portador de câncer de pele, demitido injustificadamente após 28 anos de serviço.