Trabalhadores (as) de todas as regiões paulistas participam da luta contra o PL 4330 e dizem #NãoàPrecarização!
A CUT São Paulo, seus sindicatos filiados e subsedes em todas as regiões do estado participam do Dia Nacional de Paralisação contra o Projeto de Lei (PL) 4330/04, que ocorre nacionalmente neste 15 de abril (quarta-feira).
Convocada e organizada pelas centrais CUT, CTB, Nova Central, Intersindical e Conlutas e pelos movimentos sociais do campo e da cidade, a mobilização visa pela derrubada do PL 4330, proposta aprovada pelo Congresso no último dia 8, que libera as terceirizações em todas as atividades e enterra direitos trabalhistas históricos.
Ao longo do dia, as organizações engajadas nesse embate também acirram a luta nas redes sociais com a hashtag #NãoàPrecarização, com tuitaço programado para às 11h.
No ABC, metalúrgicos realizaram assembleia a partir das 7h nas montadoras Ford, Volks e Scania e pouco antes das 8h os trabalhadores (as) ocuparam a Rodovia Anchieta. Na Mercedes-Benz, a empresa suspendeu o ônibus para impedir que os trabalhadores se engajassem na luta contra as terceirizações, mas a categoria reagiu e se juntou aos demais na mobilização.
“Todos os trabalhadores do Brasil tem que se manifestar contra o projeto 4.330, que pode precarizar, demitir e virar tudo PJ. Não é só na indústria, é em todos os setores. O projeto acaba com a carteira de trabalho”, alertou o vice-presidente do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva.
Na mesma reigão, químicos pararam as atividades por três horas na BASF Demarchi,
Confira os locais da mobilização em todo o Brasil
Em Mogi das Cruzes, no período da manhã, trabalhadores estaduais da área da saúde realizam assembléias em hospitais e postos. O setor é afetado pela terceirização por meio das Organizações Sociais (OS), que só fazem gestão de mão de obra usando recursos públicas, sem agregar tecnologia ou equipamentos ao Serviço Público de Saúde.
Em Guarulhos, os aeroviários fizeram protesto contra o PL 4330 às 7h, unidos a funcionários da Lan Chile que estão em greve por melhores condições de trabalho e salário.
Por volta das 8h30, trabalhadores em editoras de livros fizeram paralisação na Saraiva, no componente de logística da empresa (CDD). A diretoria do Sindicato dos Empregados em Editoras de Livros (SEEL) distribuiu um boletim extraordinário convocando os locais de trabalho para o dia nacional de paralisação e, de madrugada, na porta da unidade, dialogaram sobre a importância da categoria aderir ao protesto.
São Paulo: Dia Nacional de Paralisação une movimentos na luta por direitos e contra a terceirização
Os bancários iniciaram o dia de paralisação às 7h30 no Telebanco Bradesco no Largo Santa Cecilia, centro paulistano, alertando que Terceirização nos bancos põe em risco funcionários e clientes. Haverá paralisação em agências e centrais de atendimento em várias regiões.
“O número de estabelecimentos que prestam serviço de correspondente bancário cresceu 2.313% entre 2000 e 2014, atingindo 331 mil em junho do ano passado, de acordo com o Banco Central. Com a aprovação do PL, a terceirização vai aumentar e atingir todos os setores, como as gerências, caixas e áreas de tecnologia, podendo colocar em risco o sigilo bancário”, explica Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.
Jornalistas: A partir das 14 horas, farão concentração no Sindicato para a participação no Dia Nacional de Paralisação, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na ocasião será apresentado o posicionamento da diretoria do SJSP e da categoria contra o PL 4330, um projeto de lei apoiado pelos empresários e pelos deputados conservadores que, se aprovado, vai liquidar com direitos históricos dos trabalhadores. Também será elaborado manifesto contra a sua aprovação no Congresso Nacional.
Os trabalhadores da imprensa estarão lado a lado com outras categorias que, em São Paulo, se concentrarão às 15 horas em frente do prédio da FIESP, na avenida Paulista, com posterior caminhada até o Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, onde haverá o ato político.
Os jornalistas, que já sofrem com a pejotização, serão ainda mais prejudicados, caso o PL 4330 seja aprovado. Quem acompanha a realidade das redações sabe que as empresas de Comunicação sempre buscaram precarizar os direitos trabalhistas da categoria. Não bastasse terem trabalhado contra a obrigatoriedade do diploma, os empresários desse setor são os grande apoiadores da retirada dos direitos dos trabalhadores.
O SJSP sempre recebeu denúncias sobre irregularidades na pejotização nos locais de trabalho tanto em jornais, revistas, rádio, TV, internet, assessorias de imprensa e até no setor público. O Sindicato combate este tipo de contratação e sempre deu suporte político e jurídico contra este tipo de precarização das relações de trabalho.
Baixe e compartilhe o folder: Procurados – Deputados que votaram a Favor do PL 4330
No Vale do Paraíba, os protestos começaram às 3h30, com trabalhadores (as) do Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba mobilizados em frente à Embraer,
Metalúrgicos de Taubaté e região paralisaram as atividades desde às 5h no Distrito Industrial de Piracamgaguá, próximo à Volkswagen,
Em Santos, sindicatos que representam diversas categorias na região, entre as quais os portuários, fizeram panfletagem a partir das 5h na barca Santos-Guarujá (baixe e compartilhe o folheto sobre a terceirização)
Escrito por: Redação – CUT São Paulo com informações do SJSP
Foto Marize Munis