Trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação sentem na pele os reflexos do Governo interino de Michel Temer.
Jornalistas e radialistas temem pelo fim da EBC. Os profissionais estão preocupados com as investidas contra a empresa pública de comunicação. Para eles, além de seus empregos, é a extinção de uma empresa que tem papel fundamental na produção e difusão de informação e cultura do país.
O jornalista da EBC, Eduardo Viné Boldt, acompanha com tristeza o ataque direto do Governo Golpista, e da própria mídia. “Acredito que em nenhum momento de sua história a TV Brasil esteve tão em risco quanto neste governo. E que nunca houve, por parte da grande imprensa, uma ofensiva tão forte contra a EBC, sobretudo contra o seu papel primordial: a comunicação pública. Defender a TV Brasil hoje não é só uma questão pragmática de defender nossos empregos, mas sim uma questão de cidadania: é defender uma comunicação plural, onde parcelas da sociedade que por muito tempo ficou desprezada pela grande mídia, encontrou eco. Eu, como funcionário, penso que quem perderia mais é a sociedade, que deixaria de ter uma emissora com valores voltados para o cidadão”, afirma Boldt.
O primeiro ataque à Empresa aconteceu no dia 17 de maio quando Michael Temer decidiu exonerar o diretor-presidente Ricardo Melo, que havia sido nomeado pela presidenta Dilma no início do mês de maio. A decisão tomada pelo presidente da República em exercício em exonerar o jornalista, Ricardo Pereira de Melo, da presidência da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), foi suspensa no dia 02 de junho, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.