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Jornalistas se mobilizam contra demissões na RAC de Campinas

Jornalistas se mobilizam contra demissões na RAC de Campinas


rac agildo

Os jornalistas da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC) de Campinas levaram uma luta ferrenha por várias semanas contra demissões anunciadas pela empresa em meados de julho, quando comunicou a intenção de demitir 15 jornalistas e parcelar suas verbas rescisórias.

Diversas assembleias foram realizadas em frente à empresa, e três audiências de conciliação entre o Sindicato e a empresa aconteceram no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas, para debater a difícil situação.

Estado de greve

Diante do início das demissões, na manhã de 4 de agosto, o Sindicato reuniu os trabalhadores de emergência, no início da tarde. A assembleia decretou estado de greve por 37 a 4, decidiu enviar o aviso de greve para a RAC. Com base nele, foi ajuizado de pedido de dissídio de greve no TRT.

O diretor regional de Campinas do SJSP, Agildo Nogueira Junior, disse que “tanto nas assembleias, quanto nas negociações, o Sindicato tem afirmado sua postura de total oposição às demissões”.

Batalha na Justiça

Quando se instalou a primeira audiência no TRT, a empresa havia demitido seis jornalistas, e mais uma havia pedido demissão. Os demitidos, no 10º dia, não haviam recebido as verbas rescisórias, mas só um valor equivalente ao antigo salário líquido. Ficou patente que a empresa não iria pagar as verbas rescisórias de uma só vez, restando aos trabalhadores entrarem na Justiça. No TRT, o Sindicato deixou claro seu inconformismo com a situação, já que o recebimento das verbas rescisórias é um direito garantido por lei.

Na Justiça, a posição da empresa era a de realizar imediatamente as 15 demissões (faltavam 8), quitar as verbas em parcelas equivalentes ao salário líquido dos profissionais (em um dos casos, eram 20 parcelas) e conceder três meses de plano de saúde. Desde o início, a desembargadora que dirigia os trabalhos se posicionou pela construção de um acordo, deixando claro que o trabalhador que tivesse de entrar individualmente na Justiça teria, no final, que esperar vários anos para obter plenamente os seus direitos.

Nesta situação, a direção sindical buscou arrancar o máximo da empresa. Durante todo o tempo, a negociação foi realizada com a participação dos jornalistas, demitidos ou não, reunidos no tribunal ou em novas assembleias. Ao final, chegou-se ao seguinte acordo, aprovado em assembleia por dezenas de votos a favor, com um voto contra: acréscimo de um salário às verbas (multa de 477), pagamento em até seis parcelas, com valor mínimo do salário bruto do profissional, com os valores corrigidos mensalmente pela poupança, com uma multa penal (caso haja um dia de atraso, soma-se todo o remanescente, acrescenta-se 50% e se executa), com a possibilidade de até 8 demissões postergada para 15 de outubro, e a manutenção dos 66 postos de trabalho de jornalistas garantida até 29 de fevereiro de 2016. Mesmo em condições extremamente difíceis, o acordo foi arrancado à custa de muita luta dos jornalistas, unidos a seu Sindicato.

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