A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) participou na manhã desta segunda-feira (31) de ato político “Ditadura Nunca Mais”, organizado pela Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva para relembrar o golpe civil militar desferido há exatos 50 anos.
Ele ocorreu no pátio do 36º Distrito Policial (DP) de São Paulo, onde funcionou à época o famigerado Doi-Codi, um centro de interrogatório, onde centenas de presos políticos foram submetidos às mais cruéis e desumanas torturas do aparato repressivo. Segundo dados da comissão, cerca de 8 mil pessoas foram torturadas no local entre 1969 e 1978. Desse total, cerca de 50 presos políticos foram assassinados, entre eles o jornalista Vladimir Herzog (Vlado)
Os manifestantes, cerca de mil participantes pertencentes a diversas entidades da sociedade civil e sindical, fizeram a leitura de um manifesto e de uma lista com nomes dos desaparecidos e assassinados políticos e também de seus augozes. Na lista consta o nome Vlado, morto em 1975 nas dependências do Doi-Codi, onde os militares tramaram a farsa de um falso suicídio por enforcamento. O episódio é considerado o início do fim da ditadura militar.
O evento, que contou com a presença do presidente do SJSP, José Augusto Camargo (SJSP) e dos diretores André Freire (secretário geral), Paulo Zocchi (Jurídico), Telê Cardim (Ação Sindical), Evany Sessa (Relações Sociais e Sindicais), Rose Nogueira (Conselho de Diretores), Denise Fon (Conselho de Ética) e teve a participação dos ex-presidentes da entidade, Audálio Dantas e Antonio Carlos Fon.
Da esquerda para a direita, Rose Nogueira, Guto, Fon e Audálio – foto de Osmar Bustos