Assembleia nacional será dia 26 de outubro, às 12h30. Em São Paulo jornalistas e radialistas se reunirão em frente à empresa
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, representado pelo diretor, José Augusto Camargo (Guto), participou nesta quinta (22) da quarta rodada de negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), os representantes dos trabalhadores e trabalhadoras da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) receberam da empresa a proposta de reajuste de 0% (zero) nos salários e em todas as cláusulas econômicas do ACT, além da retirada do 13º vale-refeição, que foi conquistado no último acordo.
Os sindicatos dos Jornalistas e Radialistas rejeitaram de imediato a proposta e afirmaram que a assembleia nacional (26), 12h30, avaliará os termos impostos pela direção da empresa e as posições sobre as cláusulas já discutidas.
A EBC ainda propôs que o acordo com reajuste zero valha por dois anos. Isso significaria estender o congelamento de todas as cláusulas econômicas: auxílio-alimentação, auxílio pessoas com deficiência, auxílio-creche, seguro-de-vida e vale cultura. Se mantida a inflação na casa dos 10%, a perda do poder de compra dos trabalhadores poderia chegar a 20% em dois anos em um cenário de dificuldade econômica.
Os representantes da empresa disseram que seria possível chegar a algum valor entre 0% e o IPCA, mas foram taxativos ao afirmar que a reposição inflacionária seria “impossível”. Quando questionados sobre qual era a proposta real na mesa, recolocaram: “0%”.
“Naturalmente a não-proposta apresentada causou indignação a todos e a assembleia marcada para segunda-feira, dia 26, irá debater o encaminhamento da campanha”, avalia Guto. A assembleia será realizada simultaneamente em SP, DF, RJ e MA.
Balanço até o momento
A negativa total das cláusulas econômicas reforça posição manifestada na discussão das reuniões anteriores sobre as cláusulas sociais. Na quase totalidade, as propostas dos trabalhadores foram negadas. Algumas foram objeto de mediação que serão analisadas pela assembleia de trabalhadores e pela direção da empresa e as consensuadas foram na quase totalidade as que não tiveram qualquer sugestão de alteração pelos trabalhadores.
