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Jornalistas do Correio Popular em greve nesta segunda (4)

Jornalistas do Correio Popular entram em greve nesta segunda (4)

Empresa continua descumprindo acordo mediado pelo TRT e os salários estão atrasados há dois meses

Os jornalistas da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC), que publica o Correio Popular, de Campinas, cruzam os braços a partir da segunda-feira (4), protestando contra os frequentes atrasos nos pagamentos de salários e benefícios que se arrastam há quase dois anos na empresa. A decisão foi tomada em assembleia e a RAC foi comunicada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP).

Após inúmeras tentativas de negociação pelo SJSP, foi fechado um acordo junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região determinando o pagamento semanal, sempre às sextas-feiras, de 25% dos salários para redução da dívida com os jornalistas. Contudo, o grupo de comunicação está descumprindo o acordo e o débito se acumula há dois meses. Segundo os profissionais, a RAC, quando paga, é no valor correspondente a cerca de um oitavo da remuneração devida.

Neste mês de novembro, o grupo de comunicação quitou a última parcela do 13º salário de 2016 e o salário devido de abril. Porém, fora o pagamento dos últimos dois meses, a RAC também deve aos trabalhadores o salário de maio e mais seis meses de vales refeição e alimentação, além de pendências relativas às férias. Neste dia 30, também venceu o prazo para a primeira parcela do 13º de 2017 e os profissionais não receberam qualquer sinalização da empresa sobre o pagamento.

 

 

Não é a primeira vez que os jornalistas da rede são obrigados a se mobilizar para pressionar a empresa a tomar medidas contra os frequentes atrasos, pois o problema começou no final de 2015 e, desde então, os trabalhadores entraram em estado de greve diversas vezes, além das ocasiões em que cruzaram os braços efetivamente. O acordo judicial junto ao TRT da 15ª Região só foi conquistado de uma greve entre os dias 28 e 29 de junho último, quando a categoria aderiu amplamente ao movimento.

Devido à crise enfrentada na empresa, os jornalistas também foram prejudicados por outras irregularidades cometidas pela RAC, como a falta de repasse dos valores descontados do Imposto de Renda, levando muitos profissionais a caírem na malha fina da Receita Federal. Ocorreram atrasos, ainda, no recolhimento do do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS, o que gerou até autuação da rede pelo Ministério do Trabalho.

Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo

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