A participação dos delegados eleitos pelos Jornalistas no 13º Congresso Estadual da CUT (CECUT), ocorrido entre os dias 16 a 19 de maio, em Serra Negra, interior de São Paulo, foi decisiva para a incorporação de estratégias e planos de lutas fundamentais para a categoria nas ações da Central no Estado de São Paulo.
O CECUT reuniu 826 delegados e delegadas de 17 diferentes ramos de atividades, além de eleger uma nova direção. O atual presidente, Adi dos Santos Lima, foi reeleito para o triênio 2012-2015. Os jornalistas estiveram representados pelos diretores eleitos durante assembleia realizada no dia 21 de abril: Lílian Parise, José Augusto Camargo (Guto), Paulo Zocchi e Fabiana Caramez.
A CUT/SP, com a participação dos jornalistas, deverá protagonizar a luta pela Democratização dos Meios de Comunicação, enquadrado como um dos Direitos Humanos, intensificar a participação na Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex) e trabalhar pela criação do Comitê Estadual do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
Além disso, estará no plano de lutas da Central, propostas como a criação do Conselho Estadual de Comunicação – conforme deliberação ocorrida em 2010 durante a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) e ser protagonista das ações contra o desmonte da Rádio e TV Cultura, fortalecendo o trabalho iniciado no próprio Sindicato, que ficou conhecido como “Movimento Salve a Rádio e TV Cultura”.
A participação dos jornalistas
Os participantes do CECUT elegeram a diretora de Comunicação e Cultura do Sindicato, Lílian Parise, para a Direção Plena da Central na área de Comunicação – na gestão 2009/2012, ela era membro da Direção Colegiada através do Conselho Fiscal e adjunta de Comunicação, sendo a primeira representante do ramo de Comunicação na direção da CUT/SP.
“Os jornalistas conseguiram ampliar sua participação na Central e deverão, juntamente com os demais trabalhadores e trabalhadoras, engrossar as lutas contra a política neoliberal e privatista do governo tucano no Estado de São Paulo”, diz Lílian.
Segundo ela, os jornalistas seguirão as diretrizes do CECUT, que tinha como tema “Desenvolvimento com Qualidade para Mudar São Paulo” e como mote a “Liberdade e Autonomia Sindical – Democratizar as Relações de Trabalho para garantir e ampliar Direitos”.
“O próximo passo é fortalecer o ramo das Comunicações e procurar unificar a luta dos gráficos, radialistas e trabalhadores em editoras de livros, rumo à criação do Sindicato Único da Comunicação”, observa Lílian.
Para o Congresso Nacional da CUT (CONCUT), que acontece em julho, os jornalistas conseguiram aprovar bandeiras como a luta pela realização da II Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), a ampliação dos serviços de banda larga para democratizar o uso das redes sociais e também o apoio à punição aos crimes da ditadura militar, que estão sendo analisadas pela Comissão da Verdade. O Sindicato dos Jornalistas é membro da Comissão em nível estadual.
O plano de luta da CUT/SP
Na área Econômica, a CUT/SP vai lutar pela mudança do sistema financeiro nacional, combatendo a alta dos juros e a exclusão bancária da população.
Na área da Educação, serão ampliadas as mobilizações pelo cumprimento da lei do piso nacional do Magistério, não só no que diz respeito ao salário dos professores, mas também para validar a jornada de trabalho extraclasse definida pela legislação.
Para o setor energético, o foco foi energia para o desenvolvimento, com renovação de concessões condicionada à redução de tarifas e fim das terceirizações do trabalho. Também foi sugerida campanha de esclarecimento quanto à necessidade de apropriação da riqueza hidráulica do país pelos brasileiros e brasileiras.
A paridade entre homens e mulheres na Direção da CUT foi aprovada no Congresso Estadual e a proposta será encaminhada para ratificação durante o 11º CONCUT.
A luta pela aprovação do Projeto de Lei Complementar 122/2006 (que criminaliza a discriminação por orientação sexual) foi acatada pelo plenário, bem como a contratação de transexuais na CUT e a criação de coletivos LGBTs nas subsedes e sindicatos.
Foto – Roberto Claro
Em pé: Guto e Lílian – sentados: Paulo Zocchi e Fabiana Caramez