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Jornalistas de SP cruzam os braços na Greve Geral

Jornalistas de SP cruzam os braços na Greve Geral


Profissionais se engajam na luta em defesa dos direitos trabalhistas


Na luta contra as reformas trabalhista e previdenciária e contra a terceirização ilimitada, os jornalistas de SP participaram da Greve Geral desta sexta-feira (28), realizada em todo o país com a organização da Central Única dos Trabalhadores e demais centrais e movimentos sociais. 

Na praça da Empresa Brasil da Comunicação (EBC) em São Paulo, cerca de 85% dos jornalistas cruzaram os braços e fizeram piquete em frente à emissora, na zona oeste da capital paulista, em mobilização conjunta com os radialistas.

A categoria aprovou o engajamento na mobilização em assembleias, realizadas no início de abril nas redações, entre as quais a Abril, CBN, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, RTV Cultura, IstoÉ, Rede Record e TVT, além da sede e as regionais do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP).

Na EBC, a paralisação foi deliberada em 31 de março, em assembleia nas quatro praças da empresa (Brasília, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo). Na ocasião, os profissionais também divulgaram uma Carta Aberta na qual denunciam a censura interna aos veículos da EBC, assédio e demissão de trabalhadores.

Em Guarulhos, na Câmara Municipal, os jornalistas da equipe de imprensa e da TV aderiram totalmente à greve. A paralisação foi parcial nas redações da Abril e do Uol.

Nas regionais do Sindicato, os dirigentes participaram dos atos da Greve Geral em diversas cidades do interior, entre as quais Bauru, Campinas, Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba. 

Na Editora Confiança, do site e portal da revista Carta Capital, os profissionais pararam as atividades da meia-noite às 14h desta sexta-feira, depois de aprovarem a adesão à Greve Geral nas redações de São Paulo e Brasília, em assembleia na segunda-feira (24).

Na Brasileiros Editora, os jornalistas de texto e imagem das revistas Brasileiros, Arte!Brasileiros e Cultura!Brasileiros comunicaram publicamente a participação na greve desde às zero hora desta sexta, afirmando que decidiram parar “porque consideramos que o conjunto de reformas trabalhista (PL 6787) e previdenciária (PEC 287), bem como o modelo de terceirização proposto pelo governo de Michel Temer, afeta a qualidade do trabalho que exercemos: levar informação de qualidade e interesse público para o mais amplo conjunto de brasileiros”.

Luta unificada

Em assembleia no último dia 18, os jornalistas, radialistas e gráficos aprovaram a luta unifica na Greve Geral deste 28 de abril e nas futuras mobilizações contra a retirada de direitos das categorias.

Em Carta Aberta, as entidades do ramo da comunicação definiram uma resistência comum contra a terceirização generalizada, o trabalho temporário e o desmonte da Previdência Social. O documento também denuncia o bloqueio do acesso à Justiça pelos trabalhadores, num desequilíbrio “totalmente a favor do capital. Vamos debater formas de ação para reverter este cenário”.

Como a reforma trabalhista impacta o jornalista

O Departamento Jurídico do SJSP fez uma análise dos principais pontos da reforma trabalhista aprovados na quarta-feira (26) e destaca algumas das mudanças que vão impactar os jornalistas, como a possibilidade de terceirização na atividade-fim das empresas de comunicação, a criação do trabalho intermitente e autorização para demissões coletivas.

Confira os ataques aos direitos dos jornalistas na reforma trabalhista clicando aqui.

Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo

Foto: Cadu Bazilevski

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