A violência crescente contra profissionais de imprensa no Brasil fez, na noite de quinta-feira (27/02), mais uma vítima. O jornalista e radialista Jeolino Lopes Xavier, conhecido como Gel Lopes, foi assassinado, por volta das 21 horas, da cidade de Teixeira de Freitas, no Sul da Bahia. Um dos diretores do portal N3, ele foi morto a tiros no interior do seu veículo.
Gel Lopes retornava de um ponto de venda de churrasquinho e, após deixar um colega de profissão em casa, na Rua da Saudade, foi alvejado com 6 tiros dentro de seu carro, um Voyage verde com a marca do veículo de comunicação. Daniele Ferreira dos Santos, que estava no banco traseiro, foi ferida com um tiro na perna, mas não conseguiu identificar os autores do crime. Ao ouvir os disparos, seu colega retornou e viu os assassinos fugirem em outro carro, em alta velocidade.
Policiais da Delegacia Regional de Teixeira de Freitas trabalham desde a madrugada desta sexta-feira para identificar os assassinos, mas ainda não é conhecido o motivo do crime. Testemunhas informaram que havia 4 homens no carro de onde foram feitos os disparos.
Radialista desde 1989, Gel Lopes formou-se recentemente em Jornalismo pela Faculdades Associadas de São Paulo (Fasp), juntamente com seu filho. Ex-vereador do município de Teixeira de Freitas, entre 2004 e 2008, Gel Lopes era pré-candidato a deputado federal pelo PL.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia, Marjorie Moura, disse que, mais do que um crime contra um cidadão, essa violência é um atentado aos direitos humanos e às liberdades de expressão e de imprensa. Ela cobrou agilidade das autoridades na identificação e responsabilização dos criminosos, para que a impunidade não prospere. Pediu, também, que as autoridades federais acelerem a tramitação do projeto de lei que federaliza a investigação de crimes contra jornalistas, que tramita no Congresso Nacional desde 2011.
Fonte FENAJ
