Foto: AFP
Na manhã de 26 de outubro, dois dias após a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciar que o Estado de Israel foi responsável pela morte da jornalista Shireen Abu Akleh, escavadeiras do exército israelense passaram por cima do memorial da jornalista palestina-americana, assassinada por sionistas em 2022. Um observador não identificado relatou à agência de notícias Anadolu que o exército deliberadamente danificou a rua e destruiu o memorial de Abu Akleh.
Shireen Abu Akleh, 51, foi fatalmente baleada na cabeça em 11 de maio de 2022, enquanto cobria uma operação militar israelense no campo de Jenin, localizado na Cisjordânia ocupada. Na ocasião, ela usava um colete azul com a palavra “IMPRENSA” e um capacete. O Estado de Israel se recusou a assumir a responsabilidade pelo assassinato. A jornalista palestina-americana trabalhou por 25 anos na Al Jazeera como correspondente de TV, cobrindo a luta palestina.
Shireen Abu Akleh. Foto: Al Jazeera
Na terça-feira, 24 de outubro, a ONU anunciou que identificou o comandante israelense responsável pelo assassinato da jornalista. A Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre o Território Palestino Ocupado concluiu, após uma investigação interna, que houve o uso de “força letal sem justificativa”, violando intencionalmente o direito à vida da jornalista, conforme relatado pela CNN Brasil.
As acusações se baseiam em análises forenses e depoimentos de especialistas prestados à comissão. A organização afirma que o disparo fatal foi efetuado por um soldado da unidade Duvdevan das Forças de Defesa de Israel (FDI), embora o nome do comandante não tenha sido divulgado.