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Intransigentes, patrões mantêm proposta de 5%

Intransigentes, patrões mantêm proposta de 5%


campanha rtv 2015

Após três rodadas, empresas não alteram valor apresentado na primeira negociação

 

Aconteceu nesta terça-feira (15) a terceira rodada de negociação da Campanha Salarial de Rádio e TV. Os patrões, que haviam se comprometido a dar uma resposta às reivindicações do Sindicato dos Jornalistas, se mantiveram intransigente e ofereceram apenas 5% de um valor inflacionário de 10,97%.

A negociação, desde a primeira rodada, vem sendo extremamente difícil com os empresários não aceitando algumas cláusulas da pauta de reivindicações aprovadas em assembleia pela categoria, fundamentais para os trabalhadores como o jornalista se recusar a fazer, sem sofrer sanções, matérias que ofereçam risco de morte e também aquela que obriga as empresas a comunicarem o sindicato em caso de demissões em massa.
 

O Sindicato insistiu da importância de haver reajustes salariais, cujo patamar mínimo é a reposição da inflação e de vários outros itens da Campanha Salarial para que a negociação avance, mas os patrões as descartam sem qualquer argumento ou diálogo.

Segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Paulo Zocchi, é necessário reunir a categoria para debater o impasse. “Vamos reforçar o diálogo com os jornalistas para construir estratégias que consigam aumentar a pressão sobre os patrões. É preciso debater as formas de pressão coletivamente com o intuito de conquistar aumento de salário. O mínimo que eles podem oferecer é a reposição integral da inflação, para que a gente possa se manter uma condição de dignidade de vida e de trabalho”, disse.
 

Com o final do ano se aproximando, as próximas negociações da Campanha Salarial esatão marcadas para acontecer em janeiro de 2016, nos dias 12, 19 e 26.

Cenário das empresas

O setor de Rádio e TV cresceu vertiginosamente nos últimos anos. Só as cinco grandes redes de televisão receberam mais de 10 bilhões de reais em publicidade do governo federal desde 2003. Essa expansão e crescimento da rentabilidade não foram compartilhados com a categoria. Apesar da reivindicação dos jornalistas e do Sindicato, o segmento está há mais de 10 anos sem qualquer aumento real de salário.

Mesmo o grau de dificuldade das empresas é discutível. Como elas são privadas, sua situação financeira não é de conhecimento público. Além dos bilhões recebidos nos últimos anos, desde janeiro de 2014 as empresas do setor são beneficiadas por uma significativa desoneração fiscal. Estudos econômicos mostram que, mesmo na crise, parte significativa das empresas vem conseguindo ampliar a lucratividade.

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