Na Campanha Salarial 2015/2016 empresas insistem em rebaixar salários
A Campanha Salarial de Jornais e Revistas do Interior, Litoral e Grande São Paulo está estacionada por conta da intransigência patronal. As reuniões de negociação se encontram no mesmo impasse da primeira rodada. As empresas alegam que não têm como repor o índice do INPC (8,76%), que cobre os salários pela inflação. E a proposta patronal é com base em 4,5%. O índice é bem aquém do que o reivindicado pela diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), que é o INPC 8,76% + 3%.
Com o eixo “defesa dos salários e empregos”, a bancada trabalhadora deixou clara mais uma vez a sua posição de que não aceita nenhum índice abaixo da inflação. O único consenso ficou por conta das cláusulas não econômicas que compõem a atual Convenção Coletiva, que deverão ser mantidas.
Segundo o presidente do SJSP, Paulo Zocchi, as empresas justificam que a crise diminuiu o lucro, mas ela prejudica muita mais os jornalistas, que devido a onda de demissão dos últimos tempos têm seu trabalho sobrecarregado para dar conta das responsabilidades dos demitidos.
“A situação da crise tem dificultado muito a negociação e neste contexto as empresas como Diário de Franca e o jornal A Tribuna (que entre os demitidos estavam dois dirigentes sindicais) foram acionadas judicialmente para garantir o direito dos trabalhadores. Não temos medo de recorrer ao Judiciário, mas sempre preferimos uma solução via diálogo”, argumentou Zocchi.
E mais disse ele, “a crise é geral mas para os jornalistas ela vem carregada de questões específicas que têm a ver com a nossa luta pela valorização da profissão, uma das bandeiras da entidade. E neste momento de pressão, o mínimo é a reposição da inflação”.
Uma nova rodada acontece no dia 2 de setembro, às 11 horas.
Foto: Comunicação SJSP