Os jornalistas do Diário de S.Paulo suspenderam a greve, iniciada na sexta-feira (1) devido aos atrasos de dois meses no pagamento de salários, benefícios e férias. A direção do jornal está descumprindo o acordo judicial homologado no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região (TRT2-SP), que foi firmado em audiência no último dia 25 de outubro após 15 dias em que os profissionais cruzaram os braços em protesto aos frequentes atrasos. A decisão de voltar ao trabalho foi tomada em assembleia nesta segunda-feira (4).
Além dos pagamentos não realizados, a empresa descumpriu a cláusula que garante estabilidade de três meses aos grevistas e demitiu um dos jornalistas que participaram do movimento paredista.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) acionou o TRT2-SP, segue cobrando a empresa e, como as medidas judiciais cabíveis foram tomadas pelo SJSP, os trabalhadores e trabalhadoras decidiram voltar à redação, mas vão manter o estado de greve enquanto a situação não for resolvida.
No julgamento do dissídio no TRT, ficou definido que o processo judicial ficaria suspenso no Tribunal até o cumprimento de todas as cláusulas do acordo e, em caso de descumprimento, também está determinada uma multa de 10% sobre o valor da parcela não quitada ou em atraso.
Escrito por: Flaviana Serafim