Jornalistas e radialistas Empresa Brasil de Comunicação cruzam os braços na praças de Brasília, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo
Os jornalistas e radialistas da Empresas Brasil de Comunicação (EBC) pararam as atividades em apoio à Greve Geral desta sexta-feira (30) e se somam ao conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras na luta contra a retirada de direitos pelo Congresso Nacional.
A decisão foi tomada em assembleia nacional na última terça-feira (27) e a paralisação ocorre nas praças da EBC em Brasília, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo. Nesta quinta (29), os trabalhadores da praça paulista fizeram duas reuniões para organizar a mobilização e fazem piquete ao longo do dia 30 de junho em frente à sede da empresa, na região oeste da capital.
Na Greve Geral do último 28 de abril, mais de 80% dos jornalistas da EBC de São Paulo aderiram à paralisação e fizeram piquete numa mobilização conjunta com os radialistas.
Na EBC, além do embate para derrubada das “reformas” trabalhista e previdenciária e contra a terceirização ilimitada na atividade-fim das empresas, os profissionais estão lutando, internamente, contra a precarização do trabalho.
Depois do golpe à democracia que levou Michel Temer (PMDB) à presidência, os profissionais têm vivido um cotidiano de censura interna aos veículos da EBC, além de assédio e demissões. A situação foi denunciada numa Carta Aberta, divulgada em 31 de março, no Dia Nacional de Mobilização.
Um dos casos que retratam a truculência da atual direção da EBC é o desrespeito ao direito de greve, pois os trabalhadores tiveram o ponto cortado e sofreram desconto nos salários por terem cruzado os braços no protesto de abril. Por isso, uma ação judicial será movida pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e pelos demais sindicatos que compõem a base dos trabalhadores da empresa.
A greve de abril contou também com o engajamento dos profissionais da comunicação e da TV da Câmara Municipal de Guarulhos, das revistas Brasileiros e Caros Amigos, além de paralisações parciais nas redações da Abril e no portal Uol.
Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Foto: Cadu Bazilevski
