Milhares de pessoas sairão às ruas do País em defesa da democracia, da Petrobrás e contra presidente da Câmara Eduardo Cunha
Hoje (13) em vários estados brasileiros, a Frente Brasil Popular sairá às ruas em defesa da democracia, da Petrobrás e contra a postura conservadora do presidente da Câmara Eduardo Cunha implementada no País.
Em São Paulo, o ato irá ocorrer no vão livre do Museu de Artes de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, a partir das 17h. (clique aqui para saber mais).
A Frente Brasil Popular que foi lançada no dia 5 de Setembro deste ano em Belo Horizonte é composta por entidades que representam a diversidade brasileira, movimentos populares, sindicais, partidos políticos e pastorais, indígenas e quilombolas, LGBT, negros e negras, mulheres e juventude. O movimento conta com o apoio intelectuais, religiosos, parlamentares e governantes.
Os atos acontecerão em mais de 20 cidades brasileiras simultaneamente, em Brasília, a Frente se somará à grande Marcha convocada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), que também compõe a Frente.
Segundo o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, Cunha não tem condição nenhuma de permanecer como principal mandatário de um dos poderes mais importantes do Brasil, que é o poder legislativo. Para Vagner, Cunha tem que ser afastado ou pedir o afastamento já que foi comprovado pelo Ministério Público da Suíça contas ilegais em seu nome.
“Estamos manifestando também nossa insatisfação com essa política econômica. Para o país sair da crise é necessário mudar os rumos da economia com investimentos, geração de crédito, com baixa taxa de juros e fomentar o mercado interno”, complementou o presidente da CUT.
Para a secretária de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT, Janeslei Albuquerque, Eduardo Cunha é inimigo do trabalhador, da juventude e das mulheres. “Já não bastasse a ampliação da terceirização que querem para os trabalhadores, Projeto de Lei 4330 desengavetado pelo presidente da Câmara, setores reacionários deste Congresso querem criminalizar a mulher vítima de estupro com o Projeto de Lei 5069 de autoria de Cunha. A presença deste cidadão no Congresso Nacional é um escárnio”, justificou a dirigente.
Um outro ponto importante do ato será o apoio à greve dos petroleiros, que estão com as atividades paralisadas desde o dia 1° de novembro. Para o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Alexandre Conceição, o rumo da história da Petrobrás só mudará com o povo na rua.
“Estamos vivendo uma ofensiva e ataques contra a Petrobrás, que tem por trás disso o capital internacional, as petroleiras privadas dos países centrais e os bancos internacionais, que estão aliados com parte do parlamento, mídia, judiciário e até setores do governo. Estamos falando no maior patrimônio do povo brasileiro que está correndo o risco de ser privatizada”, explicou Alexandre.
A presidenta da UBES, Bárbara Melo, destacou a importância da unidade dos movimentos sociais para enfrentar a ameaça de golpe em curso no país para tirar do poder a presidenta eleita democraticamente e para ajudar o Brasil voltar a crescer. “A principal pauta dos estudantes que irão às ruas será em favor do fortalecimento da democracia. A política conservadora implementada por parte da Câmara e também recessiva por parte do governo não nos ajuda neste momento que a gente acredita que devemos ultrapassar a crise econômica e ajudar no desenvolvimento do nosso país para ampliar e consolidar direitos já conquistados”.
A Frente lançou uma carta convocatória chamada “Novembro de Luta” anunciando as atividades que acontecerão no mês da Consciência Negra, incluindo 18 de novembro na Marcha das Mulheres Negras e dia 20 no dia oficial da Consciência Negra.
Em Brasília, ato central das manifestações da Frente, a concentração será no parque da Cidade, a partir das 9h e marchará até o Congresso Nacional.
Texto: Érica Aragão/CUT-Nacional