No final da tarde de ontem (04), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) se reuniu com um representante da administração do jornal O Estado de S. Paulo para tratar das demissões na empresa. Na ocasião, o jornal esclareceu ao Sindicato que, neste início de ano, demitiu 13 jornalistas (6 em janeiro e 7 em fevereiro), mas que já repôs o quadro de funcionários com 14 contratações (10 no Estadão e 4 na Agência Estado). Entretanto, os novos trabalhadores estão sendo realocados em outras áreas, que não as dos demitidos.
Diante da situação, para melhor acompanhar e avaliar o processo, o Sindicato solicitou a lista dos cargos e setores afetados, – tanto das demissões quanto das contratações – e também pediu esclarecimento sobre quais os benefícios (se houveram) para os demitidos da empresa.
O departamento administrativo do Estadão afirmou que “não há reestruturação em andamento” e que “se trata de uma rotatividade normal”. No entanto, os jornalistas da empresa continuam apreensivos. Segundo os trabalhadores, há pressão nas editorias para redução de custos por “haver queda na receita” e que a empresa pretende privilegiar o portal. O representante da empresa confirmou ao Sindicato que o jornal está investindo na área digital, mas negou problemas com o impresso.
Outro ponto tratado na reunião foi quanto à demissão do diretor do SJSP, Alessandro Giannini, que trabalhava na editoria de Internacional. Em relação a isso, o representante do Estadão afirmou que a dispensa não se deu por motivos sindicais. A direção do Sindicato reiterou seu repúdio a qualquer tipo de demissão e exigiu a reintegração do diretor demitido. Ao final da reunião ficou acertado que será aberto um canal de negociação entre as partes para solucionar este problema e novos encontros serão agendados em breve.
