O jornalista Emílio Coutinho é recém-formado pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM FAAM) e realizou como trabalho de conclusão de curso (TCC) um livro-reportagem sobre o mais emblemático caso de erro jornalístico no Brasil: o Caso da Escola Base, ocorrido em 1994.
Ele fez uma atualização do livro do jornalista Alex Ribeiro, publicado em 1995, indo atrás de cada um dos principais personagens envolvidos, 20 anos depois.
Segundo ele, foram meses de intensa investigação, tensão e emoção, tudo descrito no livro, que foi aprovado pela banca formada por três doutores em jornalismo, recebendo nota máxima.
O autor é também o criador e administrador da “Casa dos Focas”, portal voltado para estudantes de jornalismo (www.casadosfocas.com.br)
O caso da Escola Base
No ano de 1994 duas mães acusaram os donos da Escola Infantil Base, na capital paulista, de terem abusado sexualmente de seus filhos. A acusação logo chegou aos ouvidos da imprensa, que abraçando a versão dessas mães, e sem ouvir o outro lado, publicou a história, que teve repercussão nacional. Resultado: a escola foi depredada, os donos sofreram torturas físicas e psicológicas, perderam todo o seu investimento, além de terem seus nomes, endereços e rostos divulgados nos principais veículos de comunicação do Brasil.
Tudo isso ocorreu antes de qualquer prova concreta. As mães acusaram, a imprensa julgou e o público praticou a justiça com as próprias mãos. Alguns meses depois, o caso foi arquivado por falta de provas e os acusados considerados inocentes pela Justiça. Porém, o que poderia parecer o fim de um pesadelo na verdade foi apenas o início. Isso porque os acusados injustamente e expostos pela imprensa nunca tiveram suas reputações recuperadas. A vida de cada um deles mudou para sempre. O trauma ficou, junto com as dívidas e a falta de esperança.
Emílio conta como é seu livro-reportagem, capítulo por capítulo
Capítulo 1
Como o Caso Escola Base começou, o papel da imprensa, o desfecho e as consequências para os protagonistas.
Capítulo 2
Visita ao local dos fatos duas décadas depois. Neste capítulo, conto como fui conseguindo informações e os contatos de alguns dos personagens que mais tarde entrevistaria.
Capítulo 3
Relato da conversa de mais de três horas com uma das proprietárias da Escola Base, Paula Milhin. Ela conta como foram aqueles dias de pesadelo, como vive hoje e como o caso ainda repercute em sua vida.
Capítulo 4
Entrevista com Richard Pedicini, norte-americano que foi apontado como uma das peças-chave daquela rede de pedofilia, posteriormente inocentado.
Capítulo 5
Entrevista com Saulo Nunes, um dos pais acusados de abusar sexualmente das crianças da Escola Base. A conversa de mais de três horas ocorreu em frente à sua residência.
Capítulo 6
Tentativas de entrevistar as mães acusadoras, Clea Parente e Lucia Eiko Tanoue, que denunciaram os donos da Escola Base por, supostamente, abusarem dos seus filhos.
Capítulo 7
Tentativas para entrevistar Maurício Alvarenga, perueiro da Escola Base, e Mara Cristina França, ex-mulher de Saulo Nunes, ambos acusados de abusarem sexualmente das crianças.
Capítulo 8
A saga para encontrar o delegado Edélcio Lemos, que assumiu o caso Escola Base na época.
Capítulo 9
Entrevista com Valmir Salaro, o jornalista da Globo que noticiou em primeira mão a acusação contra os donos da Escola Base em 1994.
Capítulo 10
Os últimos dias de dois personagens principais, Maria Aparecida Shimada e Icushiro Shimada, ambos falecidos.
Imagem do extinto jornal Notícias Populares com manchete “tendenciosa”
OBS: Emílio Coutinho é pré-sindicalizado e tem Matricula Sindical 8001588-8.
