Na noite desta quinta-feira (10), cerca de 4 mil servidores públicos municipais de Sorocaba realizaram uma Marcha Contra a Terceirização, mobilização legítima e democrática, realizada com o intuito de lutar pela qualidade no atendimento dos serviços públicos prestados no município, ameaçados pelo sucateamento diante das iniciativas da Prefeitura Municipal para terceirizar, entre outros, a saúde e o ensino na cidade.
Apesar da relevância do protesto para os interesses dos cerca de 660 mil habitantes da cidade, o Jornal Cruzeiro do Sul, um dos principais da região, simplesmente ignorou a mobilização, gerando indignação e revolta não só dos próprios servidores municipais, como de toda a população sorocabana que teve seu direito à informação subtraído.
Por isso, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) esclarece que a ausência da cobertura pelo Cruzeiro do Sul se deve não aos seus trabalhadores e trabalhadoras, mas, sim, à linha editorial adotada na publicação cuja parcialidade tem se aprofundado a cada dia, sobretudo com recentes mudanças ocorridas na direção e na edição do jornal.
É de total responsabilidade da direção do jornal a opção por ignorar um fato tão importante e não de seus jornalistas, que são profissionais conscientes de seu papel social e que têm sofrido forte censura interna, assédios e outras formas de cerceamento na redação.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo lamenta que a direção do jornal Cruzeiro do Sul ignore esse papel social da comunicação, bem como a importância do direito à informação, essenciais numa sociedade democrática.
São Paulo, 11 de maio de 2018.
Direção – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo