O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) exigem providências enérgicas e imediatas sobre a situação do jornalista Marcelo Hailer, que recebeu inúmeras ameaças nos últimos dias a partir da publicação de matéria “Massacre: Operação policial em Minas deixa 25 mortos e nenhum deles policial” na Revista Fórum.
Os ataques, também de caráter homofóbico, chegaram a centenas e foram intensificados a partir de postagens nas redes sociais do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente da República.
As entidades se solidarizam com Marcelo, acostumado a fazer coberturas de temas relacionados aos direitos humanos. O SJSP entrou em contato com o jornalista e colocou à disposição seu departamento jurídico, além do que mais for necessário. “Neste momento, o que me faz sentir melhor é a solidariedade que tenho recebido da categoria. E é muito importante o apoio do Sindicato e da Fenaj” – disse Marcelo, que registrou Boletim de Ocorrência eletrônico.
As ameaças partem, em geral, de grupos bolsonaristas em redes sociais, e vão desde rastrear a vida do jornalista, à execução dele e de seus familiares. Sem contar os insultos homofóbicos.
A matéria de autoria de Marcelo abordava a operação policial que matou 25 pessoas em Varginha (MG) no domingo (31). A reação criminosa contra a atividade do jornalista é reflexo do ódio promovido pelo governo Bolsonaro contra os profissionais da imprensa e à liberdade de expressão. Inadmissível e repugnante.