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Em Rio Preto, sindicatos promovem atividade em memória de Vladmir Herzog

Em Rio Preto, sindicatos promovem atividade em memória de Vladmir Herzog


rose rio preto

Com presença de Rose Nogueira, Sindicato dos Jornalistas e dos Servidores Municipais realizam evento na Câmara Municipal e na Unilago

As Regionais de São José do Rio Preto do Sindicato dos Jornalistas e dos Servidores Municipais, com apoio da sub-sede da CUT/Rio Preto e da Unilago, realizaram uma palestra no dia 29 de outubro, em memória aos 40 anos sem o jornalista Vladimir Herzog. A atividade aconteceu na Câmara Muncipal e teve a presença da também jornalista e diretora do SJSP, Rose Nogueira, que falou sobre sua convivência com Vlado nos tempos de TV Cultura.

Segundo Sérgio Sampaio, diretor da regional Rio Preto do SJSP, além de lembrar sobre o sua carreira ao lado de Vlado, Rose pode falar sobre sua prisão e tortura em 1969 no DOI- Codi. “Os relatos dela nos mostraram claramente que a ditadura militar não poupou esforços para perseguir, prender, torturar e matar quem ousou pensar diferente, quem ousou sonhar com um Brasil para os brasileiros”, afirmou.

Na atividade, também foi feito o lançamento do projeto “Centro de Memória da Luta Contra a Ditadura”, que terá como objetivo resgatar as histórias de rio-pretenses que foram perseguidos, presos, torturados e mortos durante a ditadura militar que comandou o Brasil por 21 anos. Esse projeto idealizado e coordenado pelo Sindicato dos Servidores Municipais de São José do Rio Preto e região tem o apoio e participação da Regional do SJSP.

Para Carlos Henrique de Oliveira, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais, o Centro quer preservar a história para as futuras gerações. “Não podemos esquecer o que aconteceu em nosso país neste período tão sombrio, e mais, não queremos que se repita”.

Durante a palestra de Rose Nogueira, um momento de forte emoção tomou conta do ambiente por conta da participação do casal Sergio e Vera Nicolette, que foram perseguidos e presos no mesmo período que ela. Vera dividiu a cela a diretora do SJSP e durante 30 anos, Rose pensou que aquela moça havia morrido em consequência das torturas. Elas se reencontraram há 10 anos, mas foi a primeira vez que ambas se encontraram em Rio Preto e juntas puderam relatar um pouco do que foi o sofrimento causado pelos torturadores.

 

Conversa com estudantes

A noite foi a vez dos estudantes de jornalismos terem contato com a jornalista Rose Nogueira, o encontro foi na Unilago (União das Faculdades dos Grandes Lagos), por mais de uma hora puderam ouvir as histórias de uma jornalista que há 52 anos abraçou a profissão, com objetivo de contar os fatos do cotidiano e levar informação às pessoas. Para Rose, a história é um processo em constante movimento e não uma sucessão de fatos estanques. “Precisamos estar atentos, pois nossa principal função é levar ao publico a informação, contar o que aconteceu, sem meias palavras e principalmente sem distorcer os fatos”.

Para Zé Eduardo, secretário do Interior, Litoral e Grande São Paulo, o evento em Rio Preto mostrou que o SJSP está unido à CUT e ao Sindicato dos Servidores Municipais na luta contra toda forma de autoritarismo e qualquer tentativa de divisão dos trabalhadores. “Estamos juntos na organização do Centro de Memória e juntos nas lutas dos trabalhadores pelo respeito à sua dignidade”, destacou.

 

Legenda: Rose (ao microfone) conta sobre como era trabalhar com Vlado

Foto: Sérgio Sampaio

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