O Tribunal Penal Internacional (TPI, ou ICC na sigla em inglês), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), emitiu mandados de prisão, em 21 de novembro, para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant, ex-ministro da Defesa, por haverem cometido crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza. A partir de agora, Netanyahu e Gallant são foragidos procurados internacionalmente, o que cria enorme constrangimento diplomático e político para o regime sionista.
A decisão do TPI “marca uma reviravolta legal, diplomática e política significativa para Israel”, comenta Aeyal Gross no jornal israelense Haaretz. “Embora um julgamento não possa ser realizado à revelia, 124 estados-membros do TPI — incluindo muitos aliados de Israel, como França, Alemanha e Reino Unido — agora serão obrigados a prender Netanyahu e Gallant se eles entrarem em seu território, após a emissão dos mandados”.
O governo israelense repetiu o discurso de que a medida do TPI é “absurda” e recebeu a solidariedade do governo norte-americano, que vem apoiando incondicionalmente Israel no genocídio em Gaza. Os EUA são o maior fornecedor de armas e munições para Israel.
Os mandados internacionais de prisão para Netanyahu e Gallant surgem no momento em que os números do genocídio na Faixa de Gaza assumem um patamar assombroso: mais de 44 mil mortes, mais de 104 mil pessoas feridas. As forças armadas de Israel também mataram mais de 3 mil pessoas no Líbano, entre elas jovens e crianças brasileiras. Um ataque israelense na Síria assassinou 36 pessoas.
Por essas razões, a Federação Árabe-Palestina do Brasil (Fepal) considerou “histórica” a decisão do TPI.
Tribunal Penal Internacional emite mandados de prisão para Netanyahu e Gallant, por crimes de guerra em Gaza. O TPI, órgão da ONU, emitiu mandados de prisão nesta quinta-feira, 21 de novembro, para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, acusando-os de crimes de guerra e crimes contra a humanidade na ofensiva de Israel em Gaza, que foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro. “A decisão transforma Netanyahu e Gallant em suspeitos procurados internacionalmente e provavelmente os isolará ainda mais e complicará os esforços para negociar um cessar-fogo para encerrar o conflito de 13 meses”, comentou o jornal Haaretz.
Ordem de prisão de Netanyahu e Galant torna dia histórico, diz presidente da Fepal. Confira no Viomundo
“A a Z das crianças mortas em Gaza”. A Faixa de Gaza é um cemitério para milhares de crianças, disse a ONU. Desde 7 de outubro de 2023, Israel matou pelo menos 17.400 crianças em Gaza. Isso significa que uma criança morre a cada 30 minutos. Milhares de outras estão desaparecidas sob os escombros, a maioria deles provavelmente morta. As crianças sobreviventes, muitas das quais sofreram o impacto traumático de várias guerras, passarão suas vidas sob a sombra de um bloqueio israelense, influenciando todos os aspectos de sua existência desde o nascimento. Entre as crianças mortas documentadas, há pelo menos 710 bebês com menos de um ano de idade; 1.793 crianças pequenas (1 a 3 anos); 1.205 em idade pré-escolar (4-5 anos); 4.205 crianças do ensino fundamental (6 a 12 anos) e 3.442 crianças do ensino médio (13 a 17 anos). Reportagem da Al Jazeera
“Pai e filho de Gaza morreram sob custódia israelense. A família deles só descobriu depois de fazer uma petição ao Tribunal Superior”. A polícia militar está investigando as mortes de Mounir e Yassin Alfaqawi, presos em março durante o ataque israelense a Khan Yunis. Durante meses, parentes tentaram descobrir o que havia acontecido com eles, mas os militares negaram saber onde eles estavam. Reportagem do Haaretz
A suposta “maior democracia do Oriente” é na verdade um regime extremamente autoritário. Após ocupar a tribuna do parlamento de Israel (Knesset) para apresentar dados sobre o genocídio em Gaza e chamar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de “assassino em série da paz”, em discurso histórico, o deputado palestino-israelense Ayman Odeh é retirado à força do local por seguranças. No perfil da Fepal no Instagram
Fepal entrega carta ao governo brasileiro pedindo suspensão das relações com Israel. Disponível no site da Fepal
Andes-SN solicita reunião com Itamaraty para propor ruptura de relações diplomáticas, comerciais, militares e acadêmicas com Israel. O sindicato representa docentes do ensino superior de todo o país. Confira no site da Associação de Docentes da USP
Vídeo do New York Times sobre os mandados de prisão emitidos pelo TPI.
Exército de Israel sofre sua baixa de número 800 desde outubro de 2023. Reportagem do Haaretz
“Em votação histórica, 19 senadores democratas se opõem à venda de armas para Israel”. Três dos nove democratas judeus no Senado apoiaram o esforço histórico do senador Bernie Sanders para desaprovar formalmente cinco vendas de armas a Israel devido ao seu uso em “mortes e danos civis inaceitáveis” em Gaza. No Haaretz
Protesto do grupo “Vozes contra a guerra” diante da embaixada dos EUA em Tel Aviv, em 20/11. Manifestantes expressaram seu apoio a uma resolução do Congresso a ser votada nesse mesmo dia e que bloquearia cerca de US$ 20 milhões em ajuda militar ofensiva dos EUA a Israel. Os ativistas (israelitas, norte-americanos e portadores de dupla cidadania) exigiram “Embargo de armas agora!” e exibiram placas dizendo “Genocídio financiado pelos EUA” e “Judeus na Palestina dizem: pare de armar Israel”. Um deles foi preso. Confira no perfil do grupo no Instagram
Portugal condena declarações de ministro de Israel favoráveis à anexação da Cisjordânia. O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal condenou as declarações do ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, que defendeu a retirada “para sempre” dos palestinos dos territórios de Gaza e Cisjordânia. “Portugal condena as declarações do ministro Smotrich a favor da anexação da Cisjordânia por Israel. Estas afirmações violam o direito internacional e ignoram os direitos do povo palestino”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros português na rede social X. Matéria publicada no site Observador
Violoncelista Mahdi Sahely toca tema de “Lista de Schindler” em meio a prédios destruídos por Israel em Beirute. Vídeo disponível aqui.
“A kufiya, emblemático símbolo do povo palestino, foi reconhecida pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade”. Confira no perfil da Fepal no Instagram
FFLCH promove seminário Internacional “Racismo, Colonialismo e Genocídio na Palestina” em 26, 27 e 28 de novembro. O Seminário reúne pesquisadores, comunicadores e lideranças sociais do Brasil e da Palestina, para discutir o genocídio na Faixa de Gaza. Local: Anfiteatro Fernand Braudel, Departamento de História, Av. Lineu Prestes, 338, Cidade Universitária-USP. Maiores detalhes aqui
Ribeirão Preto terá exibição de filme e debate sobre a Palestina em 28/11. Nessa data o Comitê Permanente da Causa Humanitária Palestina e outras organizações exibirão, no Memorial da Classe Operária (UGT), o documentário Roadmap to Apartheid, de autoria de Ana Nogueira, jornalista sul-africana, e Eron Davidson, midiativista israelense. Em seguida haverá debate com a participação deSaiyd Tenório, escritor e vice presidente da Ibraspal, da ativista palestina Fatima Suleiman, e da advogada Jamile Abdel Latiff, ambas integrantes da Fepal.
Santos realizou ato antissionista em 10/11. A Praça das Bandeiras foi palco de um ato em solidariedade ao povo palestino e libanês. Confira no Instagram, no perfil “Palestina Livre”