Marchas e atos ocorrerão na capital; interior prepara ações
A CUT e demais centrais sindicais organizam em São Paulo ato e marchas em 10 de novembro, Dia Nacional de Mobilização em defesa dos direitos, contra o desmonte da Previdência e pelo fim do trabalho escravo.
As mobilizações envolverão trabalhadores dos setores privado e público e têm como foco as antirreformas do governo golpista de Michel Temer (PMDB) e a retirada de direitos promovida pelas gestões de Geraldo Alckmin (PSDB) e João Doria (PSDB) na cidade e no estado paulista.
Na cidade de São Paulo, a primeira marcha terá concentração às 9 horas, na Praça da Sé, e seguirá até a Avenida Paulista.
A atividade ocorre um dia antes de a nova lei trabalhista (nº 13.467/17) entrar em vigor, uma reforma que modificará artigos tanto da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) quanto das leis nº 8.213/91, nº 8.036/90 e nº 13.429/17.
Esta reforma irá precarizar as relações de trabalho, abrindo possibilidade para aumento da jornada, redução de salários e estabelece a possibilidade de trabalho intermitente, aquele que o trabalhador recebe por hora trabalhada sem direito a conquistas como 13º, férias e fundo de garantia.
Já na parte da tarde, a mobilização é organizada pelos servidores públicos, que se reúnem a partir das 14h, no Palácio dos Bandeirantes (Av. Morumbi, 4.500), onde haverá ato e será entregue a pauta de reivindicação do conjunto do funcionalismo ao governador.
Presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, defende a unidade no movimento sindical para barrar os retrocessos impostos. “Estamos há três anos sem reajuste num governo que não respeita data-base e trata funcionário com descaso absurdo. Não bastasse isso, Alckmin e Doria apontam para o sucateamento do serviço público e o aprofundamento do arrocho salarial para as categorias”.
Izzo lembra que o conjunto do funcionalismo segue mobilizado, a exemplo das lutas realizadas em outubro. Uma das principais reivindicações se refere à retirada imediata do Projeto de Lei (PL) 920/2017, de Alckmin, que prevê o congelamento dos investimentos do governo estadual pelos próximos dois anos.
Com ampla pauta, os servidores cobram também reajuste salarial e direito às negociações coletivas. São contrários à terceirização, privatização e ao PLS 116/2017 da exoneração do servidor, que está no Senado. Defendem a manutenção dos concursos públicos e o não sucateamento do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe).
Outras ações – No dia 10, as principais atividades estão centralizadas na capital, mas as cidades do interior paulista preparam também ações para este dia.
Pautas nacionais
– Em defesa dos direitos
– Pela revogação da reforma Trabalhista
– Contra o desmonte da Previdência
– Pelo fim do trabalho escravo
Escrito por: Vanessa Ramos – CUT São Paulo