Na última sexta-feira, 27 de agosto, jornalistas que trabalham no segmento de jornais e revistas da capital se reuniram em assembleia virtual para dar sequências às mobilizações da campanha salarial da categoria. Com mais de 100 presentes, os profissionais rechaçaram a proposta patronal e reafirmaram a reivindicação de reposição salarial de 8,9%, retroativa à data-base, e a manutenção da multa da PLR corrigida pela inflação.
Em reunião realizada na última sexta-feira (20 de agosto), as empresas apresentaram um reajuste de 4,45% para salários até R$ 10 mil; para salários acima desse valor, haveria uma recomposição fixa de R$ 445. O índice de 4,45% corresponde à metade da inflação oficial calculada pelo INPC entre junho de 2020 a maio de 2021.
Diante da intransigência patronal, o conjunto de jornalistas decidiu em assembleia redigir uma carta aberta que reafirma a luta pela recomposição salarial, diante de um cenário econômico que só piora e traz perdas materiais à categoria. Leia a carta:
A categoria dos jornalistas de São Paulo reuniu-se no último dia 27 de agosto em assembleia, que contou com significativo número de participantes, ampliando o número de jornalistas em relação à assembleia anterior.
Os profissionais continuam se sentindo ultrajados pela falta de compreensão das empresas de jornais e revistas com a crise que estamos passando e a piora de nossas condições materiais.
Estamos sendo pressionados pela alta generalizada dos custos de vida e dos trabalho, que nos foram repassados, e o mínimo que merecemos é uma recomposição integral da inflação retroativa à data-base. Não reajustar de forma retroativa é um desrespeito inadmissível. A assembleia também foi unânime em exigir a manutenção da multa da PLR, em um momento em que muitas empresas exibem publicamente dados de recuperação financeira enquanto não se dispõem a garantir uma contrapartida aos trabalhadores. Exigimos respeito.