A assembleia com jornalistas e trabalhadores administrativos da Editora Três, marcada para acontecer na tarde desta quarta-feira (6) na calçada em frente à empresa, contou com a presença da polícia. A base comunitária estava parada em frente à porta de entrada da editora. Os trabalhadores amargam quatro meses de atraso nos salários.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e funcionário da editora Alan Rodrigues, a presença da base comunitária em frente ao prédio em que trabalha é incomum. Em uma postura abertamente antissindical, a editora usou mão de diferentes formas de pressão para impedir a participação dos trabalhadores.
A assembleia tinha como objetivo abrir a discussão sobre a oportunidade de os trabalhadores e trabalhadoras decretarem estado de greve diante do atraso de pagamentos. A pressão sofrida pela empresa frente à mobilização dos trabalhadores fez a editora pagar parte dos salários atrasados. No entanto, a empresa ameaçou os jornalistas de demissão caso comparecessem à assembleia e dispensou os administrativos do trabalho três horas antes da assembleia para que eles não estivessem no local.
Em discussão com a categoria, o Sindicato dos Jornalistas adiou a realização da assembleia para 19 de novembro, às 13h, no Largo da Lapa, ao lado da empresa.